Paraná Produtivo

Produção industrial

A produção industrial paranaense fechou dezembro de 2020 com crescimento de 2,8% em relação a novembro, oitavo mês consecutivo com resultado positivo, superando a queda do período mais restritivo da pandemia do novo coronavírus

Produção industrial

Produção industrial

A produção industrial paranaense fechou dezembro de 2020 com crescimento de 2,8% em relação a novembro, oitavo mês consecutivo com resultado positivo, superando a queda do período mais restritivo da pandemia do novo coronavírus. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na última terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor é superior ao resultado do Brasil, que teve crescimento médio de 0,9% em dezembro. Dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, 11 tiveram saldo positivo no último mês de 2020, sendo que o Paraná se saiu melhor que os outros estados do Sul. A indústria de Santa Catarina cresceu 2,4% e a do Rio Grande do Sul 1,2% naquele mês.

Concessão de crédito
As empresas paranaenses conseguiram uma liberação maior de recursos das instituições financeiras em 2020. O crescimento no saldo das operações foi de 33% em relação ao ano anterior. O resultado é maior do que a média nacional, que ficou em 22% de alta no mesmo período. Os dados divulgados pelo relatório de estatísticas monetárias e de crédito do Banco Central incluem tanto os recursos levantados em instituições financeiras quanto os concedidos por meio dos programas emergenciais de crédito do Governo Federal liberados em virtude da pandemia. O crescimento é consequência da urgência das empresas por capital de giro para manter as portas abertas.

Credicoamo
A Credicoamo atingiu no início deste mês a marca histórica de R$ 4,005 bilhões de ativos administrados. Número que demonstra a participação ativa dos associados que confiam na sua cooperativa de crédito e que foi originada pelos cooperados da Coamo. Olhando para o futuro e para a perpetuidade, há um ano, foi implantado um novo modelo de governança na Credicoamo, para propiciar uma administração mais focada e direcionada para as necessidades dos seus mais de 20,9 mil associados atendidos por 46 agências no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.  Entre as 426 instituições financeiras, a Credicoamo passou de 16,º para 14,º em valor, e de 10,º para 9,º em número de operações contratadas.

BRDE Labs
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) realizou na última segunda-feira, 8, o evento final do BRDE Labs, programa desenvolvido em parceria com a Hotmilk – Ecossistema de Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). As dez startups finalistas apresentaram seus projetos no evento online, em canal oficial do BRDE no Youtube. O BRDE Labs foi criado com o objetivo de ajudar no desenvolvimento do Paraná. Com o programa, as startups puderam ter contato com cooperativas agroindustriais a fim de criar soluções para melhorar seus processos de produção, automação, financeiro, gestão, infraestrutura.

Mineral do Paraná

O Instituto Água e Terra, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, divulgou mais um informe mineral do Estado do Paraná (Informe Mineral 01/2021), com informações sobre a produção mineral paranaense de 2019. O documento foi produzido pela Divisão de Geologia do Instituto. A base de dados é do Relatório Anual de Lavra (RAL), com elementos inseridos pelos mineradores na Agência Nacional de Mineração (ANM). De acordo com os números apresentados, em 2019 foram comercializadas 51,15 milhões de toneladas de minério – 33,54 milhões de toneladas de minério beneficiado e 17,61 milhões de toneladas de minério bruto. O valor da comercialização total resultou em R$ 1,10 bilhão, o total de R$ 816,56 milhões de minérios beneficiados e R$ 287,99 milhões de minério bruto.

Construção civil

A construção civil foi um dos setores que mais movimentou a extração mineral no período. Foram 31,26 milhões de toneladas de brita e areia utilizados diretamente em edificações e para a elaboração de artefatos de cimento e concreto; argila para a elaboração, principalmente, de tijolos e telhas, e saibro para revestimento de estradas. Naquele ano, o Paraná produziu 6,15 milhões de toneladas de cimento, dos quais 3,79 milhões foram consumidos no próprio Estado. Foram comercializados 18,38 milhões de toneladas de rochas carbonáticas na produção de cimento, corretivo agrícola e cal (calcário e dolomito); rochas britadas, saibro, rochas ornamentais, areia, argilas, talco, feldspato, carvão mineral, fluorita, ouro, entre outras denominações.

Lucro da Klabin

A Klabin, maior fabricante de papel para embalagens do país, teve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre, mais do que dobrando o resultado do mesmo período de 2019, com o maior volume de vendas, recuperação de preços e a depreciação cambial beneficiando as receitas. A receita líquida somou 3,3 bilhões de reais de outubro a dezembro, crescimento de 22% na comparação ano a ano, com o mercado interno respondendo por 65%. O volume de vendas somou 941 mil toneladas, de 927 mil um ano antes. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou 1,3 bilhão de reais – ou 1,106 bilhão de reais se excluídos efeitos não recorrentes – em relação ao 965 milhões de reais registrados no mesmo período de 2019.

SoftBank
O SoftBank Group Corp. pretende investir cerca de US$ 1 bilhão de seu fundo de private equity dedicado à América Latina neste ano ao mesmo tempo em que a pandemia do Covid-19 ajuda a acelerar o crescimento das empresas de tecnologia da região. “Estamos vendo muitas oportunidades agora, incluindo empresas do setor de tecnologia agrícola”, disse o administrador do fundo Paulo Passoni. O fundo de US$ 5 bilhões já investiu US$ 2,3 bilhões em empresas como Banco Inter, Rappi e Gympass, e um rali global elevou os preços das ações de empresas de capital aberto fazendo o valor do investimento atingir US$ 3 bilhões em 31 de dezembro. O Brasil continuará representando a maior parte dos investimentos, cerca de 70%, mas ele vê oportunidades no México, Argentina e Colômbia.

Recuo do agro

A balança comercial brasileira registrou déficit comercial de US$ 1,152 bilhão na primeira semana de fevereiro. De acordo com dados divulgados na última segunda-feira, 8, pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 3,667 bilhões e importações de US$ 4,820 bilhões. As exportações recuaram 15,3%, com quedas de 59,7% em agropecuária e de 11,9% em produtos da indústria de transformação. Já as importações registraram aumento de 30,9%, destaque para o crescimento de 34,9% em produtos da indústria de transformação. No acumulado do ano, o saldo comercial é deficitário em US$ 2,278 bilhões, resultado e exportações de US$ 18,48 bilhões e importações de US$ 20,75 bilhões no período.

Vendas no varejo

As vendas do comércio varejista fecharam 2020 acumulando um crescimento de 1,2% na comparação com o ano anterior, segundo divulgou na última quarta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quarta alta anual consecutiva do setor, mas o desempenho mais fraco dos últimos 4 anos. Em dezembro, houve queda de 6,1% na comparação com novembro, o segundo recuo mensal consecutivo. Foi o maior tombo para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000. Já no confronto com dezembro de 2019, houve a alta de 1,2%, a sexta taxa positiva consecutiva nesta base de análise. 

Retomada da economia

Apesar da perda de fôlego na reta final de 2020, o comércio tem sido um dos destaques da retomada da economia brasileira, após a pandemia de covid-19 ter derrubado a economia global. A produção industrial brasileira, por exemplo, encerrou 2020 com um tombo de 4,5%. Ao fechar o levantamento do setor para o ano de 2020, o IBGE revisou os resultados mensais, na comparação com o mês imediatamente anterior, de janeiro a outubro. As revisões mais expressivas foram dos meses de abril, que passou de uma queda de 16,6% para -17,2%, de maio, cuja alta passou de 12% para 13,3%, e de junho, cujo crescimento passou de 8,4% para 7,9%.

Agroquímicos do Brasil

Após ver o faturamento despencar em dólares em 2020, a indústria de agroquímicos do Brasil prevê aumentar em mais de 10% a receita em 2021, com produtores investindo em safras de soja, milho e cana, e com repasses de custos das matérias-primas para os preços, disse o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges. Um sinal desse movimento são as vendas antecipadas de agroquímicos para 2021/22, que já atingiram entre 20% e 30%, bem acima dos 10% historicamente realizados até o final de janeiro. Segundo o Sindiveg, de janeiro a dezembro de 2020, a perda cambial foi de 18,5% para o setor, que importa cerca de 95% de suas matérias-primas.

Inseminação artificial

Segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o uso de inseminação artificial apresentou crescimento de 32,8%, com 19,4% do rebanho inseminado no último ano ante 14,6% em 2019. “Os resultados marcam definitivamente a inseminação artificial como uma das ferramentas fundamentais para o futuro da pecuária no Brasil, e colocam o país num patamar muito importante no cenário mundial. Em 5 anos, passamos de menos de 13 milhões de doses para 21,5 milhões de doses vendidas ao cliente final. O uso da inseminação sai de 11% e chega a quase 20%”, disse em nota o presidente da associação, Márcio Nery. Segundo ele, o baixo custo da tecnologia, de cerca de 1% a 2% do custo atual da produção, contribuiu para os resultados. No total, foram 14,9 milhões de doses produzidas em território nacional em 2020 e outras 10,7 milhões importadas, crescimento de 36% e 21%, respectivamente.

Gripe aviária

O Vietnã abateu mais de 100 mil aves neste ano até o momento, em uma tentativa de conter a disseminação da gripe aviária, disse na última segunda-feira, 8, o governo do país do Sudeste Asiático. Segundo o comunicado, o país reportou em 14 províncias surtos das cepas de gripe aviária H5N1 e H5N6 altamente patogênicas, ou seja, que têm mais chances de se desenvolverem para doenças. “O risco de que os surtos se espalhem em maior escala é muito alto”, informou o comunicado. O Vietnã possui uma criação de aves de cerca de 460 milhões de animais, e surtos de pequena escala de gripe aviária ocorreram esporadicamente no país nos últimos anos.

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

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