Paraná Produtivo

Dia da Indústria

O Dia Nacional da Indústria foi comemorado no último dia 25

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Em meio à pandemia e seus impactos, o Dia Nacional da Indústria, comemorado no último dia 25, em 2020 traz ainda mais significado para o setor com um cenário de adequação de perspectivas e muitas adaptações. Dados do IBGE, divulgados no último dia 14, mostram que a produção industrial teve retração de 9,1% no País em março, em comparação com o mês anterior. Foi a primeira vez em oito anos que o levantamento registrou queda em todos os 15 locais pesquisados. O mais próximo disso só havia acontecido durante a greve dos caminhoneiros em 2018, quando foi registrada retração em 14 dos 15 locais. No Paraná, a queda foi de 4,9%. E nos setores essenciais foram muitas mudanças de processos para continuar em atividade. A produção alimentícia é um exemplo que precisou adequar sua logística para seguir atendendo às demandas do mercado.

Empréstimo para Renault

Um ministro francês alertou que a Renault poderia desaparecer se não obtiver ajuda em breve para se recuperar da crise econômica gerada pela pandemia do Coronavírus. Bruno Le Maire, ministro das Finanças, disse que está considerando um empréstimo de 5 bilhões de euros para ajudar a montadora, alegando que o futuro da empresa está em risco. “Sim, a Renault pode desaparecer”, afirmou à rádio Europe 1. Le Maire disse que a fábrica francesa da Renault em Flins não deve fechar e que a empresa deve manter o máximo de empregos possível na França, mas também disse que a companhia precisa se adaptar e ser competitiva.


Rombo nas contas

O déficit primário nas contas do governo deve ser de R$ 540,533 bilhões neste ano, informou o Ministério da Economia na última sexta-feira, 22, por meio do relatório de receitas e despesas do orçamento. Se confirmado, será o pior resultado da série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997. A conta do déficit primário não considera os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública. A nova previsão já considera uma retração de 4,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, estimativa que foi divulgada na semana passada pelo Ministério da Economia. Essa expectativa considera que as medidas de distanciamento permanecerão até o fim de maio. Se durarem mais, o impacto adicional (perda de produção) seria de R$ 20 bilhões por semana no PIB, segundo o governo.

Mercados para agro

O Brasil alcançou a marca de 60 mercados externos abertos para produtos agropecuários desde janeiro de 2019. O mais recente é a exportação de lácteos para a Tailândia, conforme anunciou na última sexta-feira, 22, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Entre outros produtos para exportação estão castanhas de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (conhecida também por castanha-do-Pará) para Arábia Saudita e material genético avícola para diversos países. “O Ministério da Agricultura, na área internacional, optou pela abertura de mais mercados, mas também pela diversificação de produtos”, ressalta a ministra, destacando que a pauta exportadora não deve ficar concentrada somente em soja, milho, carnes e cana-de-açúcar. As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês.


Infraestrutura e BNDES

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmaram que os estudos técnicos que serão realizados para viabilizar a desestatização de ativos rodoviários e portuários terão como foco a busca de maior competitividade e maior produtividade para a infraestrutura brasileira. Os contratos firmados recentemente entre as instituições visam a desestatização de mais de 7,2 mil quilômetros de rodovias federais e dos portos de Santos e São Sebastião, ambos em São Paulo. Tarcísio Freitas comemorou a autorização do Tribunal de Contas da União para a assinatura do contrato de renovação antecipada da malha paulista de ferrovias pelo Ministério da Infraestrutura e Agência Nacional de Transportes Terrestres. A prorrogação deverá trazer para o Brasil, nos próximos cinco anos, investimentos de R$ 6 bilhões.


Queda no consumo

A queda no consumo de etanol no país em razão da pandemia do novo Coronavírus aponta para uma tendência de crescimento na produção de açúcar no Brasil, segundo a União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica). Na região de Ribeirão Preto (SP), canaviais de um grupo dono de três usinas devem resultar numa colheita de seis milhões de toneladas até o fim da safra 2020/2021, 10% a mais que a anterior. No entanto, o diretor da entidade Antônio Toniello Filho afirma que a redução na produção de etanol deve chegar a 30% em relação a 2019. Dados da Unica mostram que, na segunda quinzena de abril, unidades produtoras da região Centro-Sul moeram 37,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, contra 31,7 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com o balanço, 45,7% foram destinados à produção de açúcar, contra 30,8% em 2019.

Dívida bruta

O Ministério da Economia calculou que a dívida bruta do país chegará a 93,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e que a dívida líquida avançará a 67,6% do PIB, conforme apresentação divulgada na última sexta-feira, 22, que considera a estimativa oficial de contração de 4,7% para a economia Em dezembro de 2019, esses números eram de 75,8% e 55,7% do PIB, respectivamente. As projeções levaram em conta o impacto de medidas ainda não formalmente aprovadas, como o projeto de ajuda a Estados e municípios. Sob esse critério, o déficit primário para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) foi estimado em 675,7 bilhões de reais —9,4% do PIB.


China recupera produção

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China espera que a recuperação do plantel de suínos do país ganhe ritmo até o fim do ano, segundo comunicado divulgado no site da pasta. Em encontro com autoridades do setor produtivo e de instituições financeiras, o Vice-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais do país, Yu Kangzhen, afirmou que a atual produção de suínos está mostrando uma tendência de desenvolvimento contínuo. “Todas as localidades devem implementar os esforços para restaurar a recuperação do plantel para garantir que a capacidade de produção de suínos seja basicamente restaurada antes do fim deste ano a um nível próximo dos anos normais”, disse Yu. No encontro, o governo chinês destacou também que está discutindo com a Comissão Reguladora de Bancos do país medidas de apoio financeiro a produtores de suínos para recuperação do plantel doméstico.



Queda na economia

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano chegou a 5,89%. Essa foi a décima quinta revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,12%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. A previsão para o crescimento do PIB em 2021 passou de 3,20% para 3,50% e para 2022 e 2023 continua em 2,50%. O Banco Mundial prevê uma queda de 5% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional estima um tombo de 5,3%.



Consumo de eletricidade

O consumo de eletricidade, importante indicador da atividade econômica, pode ter queda de 5% a 12% no Brasil em 2020, em meio a impactos da pandemia de Coronavírus sobre a demanda, apontou a consultoria especializada RegE, de um ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção, se confirmada, representaria um cenário bem pior que as últimas estimativas da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e de outros órgãos técnicos do setor, que no início de maio revisaram suas perspectivas e sinalizaram retração de 2,9% no uso de energia neste ano. Até o final de março, as previsões de EPE, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) eram de recuo de apenas 0,9% no consumo.


Dólar desafiador

A área agrícola tratada com agroquímicos no Brasil cresceu 7,3% no primeiro trimestre, em meio a uma colheita recorde de soja, mas o dólar forte que estimula negócios de agricultores também desafia a indústria de pesticidas, disse à Reuters um dirigente de associação do setor, um dos principais financiadores de safras no país. As empresas do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) elevaram os financiamentos de compras de defensivos agrícolas pelos agricultores brasileiros em mais de 30% em 2019, para cerca de 21 bilhões de reais, segundo pesquisa encomendada pela entidade. Já o prazo médio de pagamento aumentou para 240 dias, ante 225 no ano anterior, indicadores esses que devem seguir crescendo em 2020 em meio à disparada da moeda norte-americana frente ao real de mais de 35% no acumulado do ano.


Redação ADI-PR Curitiba

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br. 

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