Maçonaria
Ser Maçom (1)
O que é “ser Maçom”? Uma pergunta que nos é feita com frequência, e que em princípio parece ser simples e fácil de responder, mas na realidade pode ser entendida e respondida sob diferentes aspectos
O que é “ser Maçom”? Uma pergunta que nos é feita com frequência, e que em princípio parece ser simples e fácil de responder, mas na realidade pode ser entendida e respondida sob diferentes aspectos.
Primeiro, podemos responder “o que é necessário para ser Maçom”, ou seja, quais os requisitos para ingresso na Ordem. Embora atualmente seja possível a um interessado tomar a iniciativa de demonstrar seu interesse em se tornar Maçom, esta é apenas uma fase preliminar ao que já se faz há séculos, e este pedido ainda será objeto de análise criteriosa, para verificação se tal interessado realmente reúne os requisitos formais para tornar-se um Maçom. Em regra, o ingresso ainda ocorre a partir de um convite, feito por um Maçom, a alguém que ele já conhece bem, e que entende reunir as condições mínimas para passar pela necessária verificação prévia. O comportamento diário, em casa e na sociedade, em palavras e ações, é um importante indicador.
E quais seriam esses requisitos? Já dissemos aqui que a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, então um requisito básico, bastante subjetivo, é que o interessado reconheça que pode ou deve aperfeiçoar-se moralmente, e queira sinceramente fazê-lo. Objetivamente, antes de mais nada requer-se a crença na existência de um princípio Criador, a quem chamamos de Grande Arquiteto do Universo, e cuja denominação pode variar conforme a fé individual (Deus ou Alá, por exemplo).
Requer-se também que o candidato seja livre e de bons costumes, o que significa “não estar preso a entraves sociais que o privem de parte da sua liberdade e o tornem escravo das suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de bons costumes, ou seja, se já possuir, na sua personalidade, preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados.”
Requer-se ainda que o candidato seja consciente de seus deveres para com a Pátria, para com seus semelhantes e para consigo mesmo, e que tenha uma fonte de renda lícita e honrada, suficiente para apoiar as obras filantrópicas da Instituição sem prejudicar as suas próprias necessidades pessoais e muito menos as de sua família.
Oportunamente, previne-se ao interessado que embora haja muitos benefícios em ser Maçom, tais vantagens não são aquelas que as muitas lendas sobre a Maçonaria cultivam no imaginário popular. O candidato não deve, portanto, buscar o ingresso na Maçonaria por mera curiosidade, ou com objetivos tais como ficar rico, famoso, ou um político bem-sucedido. Isso pode até ocorrer, mas não mais do que ocorre em outras associações que proporcionam a seus integrantes o que modernamente se chama de “network”. Contudo, a verdadeira riqueza que se obtém na Maçonaria não é material, e “o valor da existência de um Maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.”
Desta forma, e considerando que “o caminho do Maçom não é uma avenida de direitos, é uma vereda de deveres a cumprir; mais: um conjunto de deveres que o Maçom escolhe cumprir”, em próxima semana seguiremos respondendo o que significa “ser Maçom”, um outro viés de resposta à pergunta inicial, “o que é ser Maçom?”
Com base em informações de gob-pr.org.br, e inspiração em artigos de Antonio Marcus de Melo Ferreira, Rui Bandeira e J. Filardo em freemason.pt e bibliot3ca.com.
Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])
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