Vimos na semana anterior a afirmação do escritor maçom Maurício Cardoso de que a “humildade é a qualidade imprescindível para saber, aprender e conhecer. Aquele que se sente cheio de saber, justamente por esse sentir, fica impedido de aprender mais”.
Outro autor, Ubyrajara de Souza Filho, segue na mesma linha: “humilde é aquele que reconhece seus limites e que trabalha para ser melhor no aspecto físico, moral e espiritual, também é aquele que não interfere na vida dos outros para impor conceitos. (…) É sempre através desta passagem pela humildade que se adquire o verdadeiro conhecimento.” Nos dizeres do “Velho Mestre” chinês Lao-Tsé (c. 500 a.C.): “Sabeis porque o mar é tão poderoso? Tão Imenso? É porque foi humilde o bastante para manter-se sempre abaixo de todos os rios.”
A humildade, “discreta, em oposição à vaidade, deve atuar sem ilusão, guiada pela razão, expondo o sentido exato de nossas limitações.” Ressalva o autor, porém, que isso não significa que o humilde deva ser servil, subserviente ou fraco, pois “ser humilde não é humilhar-se. É ter o conhecimento exato do que se é, não é sinônimo de ignorância. Aqueles que se rebaixam ante os outros querendo parecer humildes, porém, cheios de ressentimentos, inveja ou ambição, ou não reconhecem ou não acreditam em seu real valor e se sentem inferiores ante seus semelhantes, manifestando grande sofrimento em seu interior, não respeitando sua dignidade, são falsos humildes e devem manter-se afastados da Maçonaria.”
O Maçom “compreende a sua inferioridade, mas não sofre por isso; esforça-se e trabalha para se transformar em um ser melhor, buscando constantemente o seu aperfeiçoamento físico, moral e espiritual; não se prende a dogmas, estando sempre aberto a aceitar as diferentes crenças. Compreende que, se acreditar ser superior aos outros, significa, no fundo, ter medo de ser inferior.”
Por fim, “a verdadeira humildade sempre estará acompanhada de outras virtudes: caridade, misericórdia, amor, verdade e compaixão. (…) daquele que está repleto de virtudes, dificilmente ouvimos algo a seu respeito, pois a humildade que o acompanha faz com que seja bem discreto.”
Com base em obra de U. Souza Filho.
20 de agosto, Dia do Maçom
Neste sábado dia 20 de agosto é celebrado em todo o Brasil o “Dia do Maçom”, data tradicionalmente marcada por homenagens a integrantes da própria maçonaria ou outras pessoas que se destacam na sociedade, por ações reconhecidamente em conformidade com os fins supremos da Ordem Maçônica.
Não obstante alguma polêmica interna quanto à data exata da ocorrência do fato, o dia 20 de agosto de 1822 é oficialmente reconhecido como aquele em que o jornalista carioca e maçom Joaquim Gonçalves Ledo apresentou o seu “Manifesto dos Brasileiros”, concitando o País à união em torno da liberdade: “Não ouça entre vós, outro grito que não seja união! Do Amazonas ao Prata não retumbe outro eco que não seja – Independência! Formem todas as nossas províncias o feixe misterioso, que nenhuma força pode quebrar”.
Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])