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Maçonaria

A Maçonaria nos tempos primórdios

Os homens primitivos eram profundamente religiosos.

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A Maçonaria nos tempos primórdios

Os homens primitivos eram profundamente religiosos. A história da humanidade e as descobertas arqueológicas nos confirmam essa verdade. Diante do poder da natureza, das chuvas, dos trovões, do sol, da lua e das estrelas, o homem primitivo percebia e reverenciava uma força superior. O homem moderno perdeu esse contato com a natureza. A ausência de contato com a natureza provoca uma insensibilidade no homem contemporâneo, fazendo com que não consiga perceber e encontrar a presença de Deus nas coisas criadas.

A Grande Loja Unida da Inglaterra, em Declaração de 1985 estabeleceu 8 pontos de regularidade maçônica que necessária e obrigatoriamente devem ser obedecidos por qualquer potência maçônica para que possa obter seu reconhecimento. Dentre estes, 4 dizem respeito a Deus e à Religião. São estes:

1) A crença no Grande Arquiteto do Universo e em sua Vontade Revelada é uma condição essencial para a admissão de cada membro.

2) Todos os Iniciados prestam o seu Juramento sobre, ou na presença de um Volume aberto da Lei Sagrada; o que significa que a revelação do Alto liga a consciência daquele que é iniciado.

3) As três Grandes Luzes da Maçonaria: o Volume da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso serão sempre expostos durante os Trabalhos da Grande Loja ou das Lojas de sua Obediência. A mais importante das três é o Volume da Lei Sagrada.

4) Toda discussão religiosa ou política será absolutamente proibida no interior das Lojas.

A Maçonaria não tenta interferir com a fé religiosa em particular de seus discípulos, exceto na medida em que se relaciona com a crença na existência de Deus e o que resulta necessariamente dessa crença. O Livro da Lei é para o maçom especulativo sua verdade espiritual e constitui a sua regra e guia de conduta. O Landemark, portanto, requer que um Livro da Lei, um código religioso de algum tipo como a vontade revelada de Deus, faça parte do ornamento de cada Loja.

A Grande Loja da Inglaterra, considerada Loja Mãe da Maçonaria Universal, recomenda a utilização da Bíblia e não de qualquer outro livro, porque a Maçonaria tem sua origem nas antigas corporações de mestres pedreiros, construtores de igrejas e catedrais formadas sob a influência da Igreja na Idade Média.

A maçonaria deixava de lado as preocupações tipicamente ligadas ao exercício da profissão de pedreiro, para se dedicar ao aperfeiçoamento moral e intelectual dos seus membros. Ela se transformava cada vez mais em uma espécie de “sociedade de pensamento” de caráter cosmopolita e secreto, reunindo homens de diferentes raças, religiões e línguas, com o objetivo de alcançar a perfeição moral por meio do simbolismo de natureza mística e/ou racional, da filantropia e da educação.

Apesar da maçonaria especulativa ter surgido na Grã-Bretanha, rapidamente ela se expandiu para outras regiões da Europa e mesmo para a América. Devido ao seu caráter secreto e ao grande número de adesões que provocava, a instituição maçônica sofreu muitas perseguições tanto dos governos seculares, como da Igreja Católica, o que fez com que sua expansão se desse de forma irregular nos diversos países em que se instalou. No Brasil, afirma-se que a maçonaria tenha sido introduzida no final do século XVIII.

Por constituir-se em um espaço de circulação de idéias, principalmente iluministas, a maçonaria contribuiu para várias mudanças nas sociedades em que agiu. Também foi fundamental no ensino de práticas modernas (implicitamente revolucionárias) aos seus membros, através da escolha dos associados, dos debates entre os pares e das deliberações.

Yassin Taha

Dep Federal GOB

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