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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Memória e poesia: revivendo momentos e eternizando o efêmero

Publicado

em

Prof.ª Lúcia Helena Freitas da Rocha

A memória constitui um elemento indispensável à reconstrução de uma identidade nacional. É por ela que o homem atualiza impressões ou informações passadas e recompõe a sua história. Numa civilização sem a escrita, marcada pela oralidade, a acumulação de elementos na memória faz parte do cotidiano, como garantia de sua identidade, através da transmissão de bens culturais

Paul Ricoeur, um dos mais importantes filósofos contemporâneos, ao falar sobre a relação memória, história e esquecimento, atenta-nos para o fato de que a memória e o esquecimento são elementos importantes para a construção de uma história e são as escolhas do historiador que vão definir esta construção

Mesmo que a memória, por um lado, seja capaz de revigorar esse homem solitário, que vive de suas lembranças, por outro lado ela pode lhe causar dor, pois ele tem consciência de que é uma realidade “virtual”, por mais que ele tente se jogar nesse universo recriado, seus pés estão presos em um presente que não lhe permite tamanha irracionalidade, e que “a infância só pode ser vista, agora, deste presente maduro e inquisitivo”, apesar da tentativa de recuperá-los, de ressuscitá-los, através de sua memória –

Queremos fazer memória de grandes nomes de nossa historiografia e literatura local. Dessa forma, relembrarmos de escritores, poeta que marcaram gerações e nos legaram imemoráveis páginas.

Apresentamos de Thereza Regina Viana Mansur o soneto

                                                        VIVER

O que é viver, senão amar, sofrer,

Chorar a mágoa e depois sorrir,

Sentindo a alma sempre a renascer

Em cada novo dia que há de vir

Trazendo um novo alento e esperanças

De um mundo bem melhor, sem desenganos,

Sem medos, sem misérias, nem vinganças, 

Com harmonia e amor por longos anos.

Este é o sonho maior do ser vivente!

Estar em paz consigo mesmo e o mundo,

Em busca do ideal à sua frente!

Enfrentando barreiras, indo fundo,

Na luta da conquista, certo e crente,

Que o esforço foi bom e foi fecundo!

Referência: Vozes Parnanguaras, Centro de Letras de Paranaguá – 2004

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