Sete de setembro. Às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro I dá o famoso brado: Independência ou morte! É o que aprendemos no colégio, mas o Brasil ficou realmente livre? Não é preciso ir à escola para responder, todos sabem quantos passos nos faltam para que cheguemos à libertação de todo o povo da miséria material, mental e espiritual.
Enquanto houver penúria na casa de um brasileiro, a independência não terá sido integralmente realizada. Até hoje vibra na consciência dos que trabalham por ver esta Pátria feliz a advertência de José do Patrocínio: “Enquanto houver um brasileiro passando fome, somos um povo que ri quando devia chorar.” “Chorar de vergonha!” “O Brasil precisa, agora mais do que nunca, da união de todos os seus filhos…”.
A verdadeira Independência do Brasil: ao Brasil está reservada, sem dúvida, importante papel neste final de ciclo e para muito além, porém, é necessário que o nosso País inicie por conquistar sua verdadeira independência, a liberdade é interligada, porque é preciso tirar do coração do povo brasileiro a dúvida. Duvidar do futuro do Brasil é um crime contra o próprio Brasil.
Odiar os outros por pensarem de maneira diferente da sua não é democracia. Na democracia divina, a preconizada por Jesus, todo mundo tem o direito a viver e a deixar viver, levando-se em consideração aquela frase antiga: “A minha liberdade acaba quando começa a liberdade do meu semelhante.” “Democracia é o regime da responsabilidade.” É vivermos o amor de Jesus, que é o seu mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!”, sem impressão de sectarismo, de fanatismo, de separação, de exclusividade e o ser humano tem que se tornar solidário até se tornar um com Deus.
O Brasil tem que dar o exemplo, é aquele universo racial, religioso, esta é a sua vocação. De braços abertos recebe irmãos de todas as nações e realiza a grande união de raças, de tradições, de costumes, de religiões, porque nisto é que está a beleza, pois é nessa gama de opiniões diversas, mas de sentimentos unidos, solidários, compreendendo que todos nós somos irmãos, que está a substância moral e espiritual que levanta uma Pátria dentro da verdadeira democracia.
Que o povo brasileiro saiba que não existe ninguém mais poderoso na face da Terra do que ele, em se tratando do espírito natural de fraternidade. O brasileiro tem de estar sempre unido porque é um grande povo.
Não se ergue uma Pátria melhor e um povo mais feliz fazendo coleção dos seus defeitos, mas sim dos seus acertos. A riqueza do Brasil está no coração do seu povo. Bendito seja o nosso Brasil!
Sônia do Russio Machado
Membro do IHGP