Ainda em 1937, o prefeito Agostinho realizou uma reunião com os agricultores das colônias e prometeu reformar as estradas para facilitar o escoamento dos produtos coloniais. O diretor da empresa privada de energia elétrica e outras pessoas também participaram do encontro. Além de garantir que os produtos agrícolas chegassem à cidade, Agostinho possuía outras questões para se preocupar.
Após um tempo de trégua, um novo incêndio destruiu uma propriedade na Rua Pecêgo Junior, trazendo novamente à tona o assunto da “indústria dos incêndios” para dar golpes nas seguradoras. Todavia, outra questão incomodava muito os formadores de opinião de Paranaguá: a pobreza. Evidenciando a proximidade daquela sociedade com o senso comum atual, a solução proposta ao problema da mendicância não visava uma reorganização econômica, programas de assistência social ou qualquer outra atitude mais humanizada. Muito pelo contrário, mendigos eram casos de polícia. Segundo o jornal “O Estado” de 05 de maio de 1937, o delegado procurou Agostinho e o Chefe de Polícia do Paraná “afim de por termo ao quadro nada recomendável, que presenciamos todos os sábados, do desfile da miséria pelas ruas de Paranaguá”. Aparentemente, a preocupação era sumir com os pobres e não ajudar. Por outro lado, o turismo desenvolvia-se. Diferente do que os críticos da chamada “estrada de ouro” de Caetano Munhoz disseram na época da inauguração, o movimento em direção às praias do litoral aumentava visivelmente: só a Ilha do Mel, informava uma nota em tom de admiração, recebeu 150 pessoas no final de semana.
Vinculando ainda mais a Praça João Gualberto ao esporte e atividades físicas, a prefeitura – que havia doado um prédio naquela região ao Clube Olímpico – inaugurou um parque infantil com brinquedos e quadras no dia do aniversário da cidade.
Por Alexandre Camargo de Sant’Ana
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