A poesia é uma mulher no corpo da Lua.
Vive cercada de milhares de estrelas
Carregadas de tinta para pulverizar minhas folhas.
Quando me fisga como anzol
Eu, equilibrista inexperiente,
Me deixo tocar pela vertigem do seu encanto.
Meus sentidos se perdem
Enquanto fecho os olhos
A procura dela no infinito
Da minha memória.
Estrelas fagulhantes trazem à lembrança
Tudo que havia depositado
Na caixa das contradições da vida.
Eu amo a poesia.
Porque através dela, posso amar.
Nela eu existo ilimitadamente,
Porque nela nada eu temo
Pois sem a poesia,
Eu nunca seria capaz
De romancear o futuro.
Autoria: Juciane Afonso