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Crônicas

Brilho no olhar

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Por: Kátia Muniz

Não me restam dúvidas de que a paixão é a responsável por fazer nossos olhos cintilarem. Seja por alguém, pelo trabalho, pelo estudo, pela família ou por qualquer coisa que nos faça sentir que ainda há sangue correndo nas veias.

Da mesma forma, é fácil entender que são os compromissos enfadonhos, a rotina desgastante, a ausência de objetivos e metas, a vitimização e a perigosíssima zona de conforto que sequestram o brilho e ofuscam o olhar.

Durante a nossa trajetória de vida é comum encontrarmos pessoas negativas, essas possuem ausência de leveza e costumam transmitir a sensação de que carregam o mundo nos ombros. Reparem, trazem um olhar opaco, ao mesmo tempo em que é possível perceber que não há qualquer projeção para o futuro ou planejamento. Enquanto o calendário avança, elas apenas se encarregam de arrastar os dias.

Se não é possível fugir dos compromissos inadiáveis que recaem sob nossa responsabilidade diariamente, que tenhamos a consciência de que se faz necessária uma pausa, um respiro para que provoquemos um encontro conosco e, quem sabe, um redirecionamento das questões que tanto nos afligem. 

É, justamente, nesse momento que muitos se autossabotam. Olhar para dentro de si é tarefa para poucos. A maioria foge, tenta empurrar para a vida resolver o que, na realidade, é exclusivamente de sua competência.

Mas quem disse que a vida é um mar de rosas? Ela costuma não se importar com as nossas dores e é mestra em despejar bifurcações diárias que nos obrigam a fazer escolhas, das quais não escapamos. É fato que nem sempre acertamos. Aliás, o mais comum é colecionarmos erros e está tudo bem também. Erros servem para serem consultados logo adiante, a fim de que não haja recorrências. De qualquer forma, entre erros e acertos, a mágica está em assumirmos o timão e direcionarmos o barco. Quem não o faz vive à deriva, entregue à própria sorte e ao sabor dos ventos.

Tem mais: o ato de reclamar não impulsiona ninguém a sair do lugar. No mínimo, torna-nos chatos, ranzinzas e vítimas da nossa gaiola.

Pois bem, comecei a crônica falando sobre paixão. Então, pergunto: Qual é a sua? O que faz você pular da cama cedo e com entusiasmo?

Torço para que sua resposta seja positiva. É imprescindível que, ao nos vermos refletidos no espelho, enxerguemos um olhar faiscando luz. Faça isso, olhe-se e depois diga, para mim, se foi isso que você viu.

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