Cedendo à pressão da “Empreza de Melhoramentos Urbanos” e alterando o contrato de 1909 (de instalação do sistema de água potável), a Prefeitura de Paranaguá tornou-se responsável pela rede de esgoto e passou a organizar a empreitada em 1912. Usando a planta do “distincto patrício e competente engenheiro” Niepce da Silva, o prefeito Caetano definiu ruas e terrenos destinados aos prédios públicos e às obras dos esgotos e apresentou o projeto aos vereadores. Os camaristas aprovaram, liberando a publicação do Edital e dando liberdade ao prefeito para estabelecer as condições, sempre visando vantagens à população. Apesar da liberdade do prefeito, a questão mostrou-se mais complexa e cara do que a Prefeitura poderia decidir, gerando uma discussão sobre a extensão das obras. O futuro Porto Dom Pedro II, ainda chamado de Porto d’Água, deveria ser contemplado pela rede de esgotos? Obviamente, frente à crescente importância da nova região portuária e seu desenvolvimento acelerado, mas seria responsabilidade do Executivo Municipal ou Estadual? Afinal, tratava-se do principal entreposto marítimo do Paraná e quaisquer melhorias refletiriam positivamente em todo o estado paranaense. Além disso, a economia municipal em crise não possuía condições de executar um projeto desta magnitude.
Reeleito em junho pelo Partido Republicano, Caetano publicou o Edital para instalação da rede de esgotos – sem citar o Porto – em 29 daquele mês, dando um prazo de 60 dias para os concorrentes apresentarem suas propostas e o comprovante do depósito de dois contos de réis (2:000$000) como garantia de assinatura do contrato. A futura Praça João Gualberto, Praça Municipal na época, também passaria por melhorias e na metade de julho, a Prefeitura lançou o Edital para aterro daquela região: desde a Rua Dr. Leocádio até a Fonte Nova, inclusive a área próxima aos trilhos e lavanderia popular.
