Em 7 de dezembro de 1913, aconteceu o segundo jogo contra um visitante. O Curityba desceu a serra para enfrentar o Brazil – que estava em ótima campanha. Um grande público de “bom gosto” era esperado, afinal, após os “diversos matchs vitoriosos”, o Brazil chamou a atenção dos interessados em futebol, “a ponto de fazer vir a esta cidade, um club dos mais afamados da capital”.
Os visitantes vieram de trem, chegando às dez e meia da manhã de domingo – em um vagão especial – e sendo recepcionados pela Diretoria, Capitão e sócios do Brazil, além de “grande massa popular”. Após as boas vindas, todos percorreram a Rua XV em direção ao Campo Grande, onde descansaram por alguns minutos antes de jogarem. Arcesio Guimarães, capitão do Paranaguá Foot-Ball Club, seria o juiz (eleger um integrante de outro clube para apitar a partida era algo normal). O Brazil vestia um uniforme todo branco, com um laço de fita verde e amarela entrelaçado na altura do antebraço esquerdo, enquanto os adversários usavam “calça preta e camiza branca com um destinctivo ao peito esquerdo com as iniciais C.F.C”. Já na comitiva da capital: “todos traziam á lapella, uma circunferência metálica com os destinctivos dos apetrechos do jogo de foot-ball”.
O Curityba iniciou com a bola e rapidamente partiu para cima do Brazil. Marinho, o “back” do Brazil, bloqueava o “valente e destro center-forward do Curityba”, Plinio, impedindo que ele “shootasse para o goal” – o que daria muito trabalho para o “goal-keeper” dada a imensa força do “shoots” daquele jogador. O goleiro do Brazil salvou o time muitas vezes, porém, Plinio marcou no final do primeiro tempo, recebendo imensa salva de palmas. Apesar da superioridade do Curityba, não houve mais gols.
Por Alexandre Camargo de Sant’Ana