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Contextualizando 30

Como estamos vendo, Paranaguá permanecia em modernização na década 30, mas ainda sem uma conexão direta com Curitiba, dependendo das estradas de Morretes e Graciosa.

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Contextualizando 30

Como estamos vendo, Paranaguá permanecia em modernização na década 30, mas ainda sem uma conexão direta com Curitiba, dependendo das estradas de Morretes e Graciosa. Havia cinema, teatro, clubes, bares, futebol, carnaval, circos, jazz, entre outras opções de lazer, todavia não existia Democracia completa, pois assim como o resto do país, Paranaguá estava sob o controle do Governo Federal. Já em outubro de 1930, logo após a fuga do governador pela Baía de Paranaguá, a cidade foi ocupada por 100 homens armados que – segundo o jornal “A Tarde”, apoiador da tomada de poder – desfilaram pela cidade recebendo calorosos aplausos da população. Ainda de acordo com o jornal, tirando um pequeno problema que não temos detalhes, o processo recebeu apoio total da extrema maioria dos parnanguaras. Como prefeito e subprefeito, assumiram Agostinho Pereira Alves e Nelson Medrado (um perseguido pelo governo anterior).

Economicamente, Paranaguá era importante estrategicamente para o escoamento e armazenamento do café, escolhido como produto principal para reerguer a economia paranaense. A cidade inclusive presenciou dias de queimada de café na crise de 1931 e as pessoas pagavam ingressos para assistirem ao fogaréu.

Não apenas o café queimava em Paranaguá: do Literário (1930), passando por barracões, prédios e até uma fábrica de gelo (1931), foram vários os incêndios na cidade naquele período. Tentaram culpar a empresa privada de energia, que estaria utilizando materiais de baixa qualidade nas instalações.

Quando Odilon Mader pediu para sair da Prefeitura em 32, quem assumiu interinamente foi Vicente Nascimento Junior. Em outubro, segundo um perito contratado pelo delegado regional, a existência de uma indústria dos incêndios dando golpes nas seguradoras era um fato incontestável. Por conta disso, a cidade foi notícia em periódicos curitibanos e motivo de piada em charges no jornal “O Dia”.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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