Biblioteca Pública

O ginásio de esportes na Praça João Gualberto ainda demoraria alguns anos para tornar-se realidade, o que provavelmente em nada agradou a população, principalmente porque houve até inauguração das obras. Mas se o prédio para atividades esportivas, mesmo com o apoio do vereador Alceu Maron, não saiu do papel, a praça recebeu outra edificação tão importante quanto em meados de 1960: Biblioteca Pública “Leôncio Correia”.

A inauguração do prédio da Biblioteca, batizada em homenagem ao poeta parnanguara, aconteceu no aniversário de 312 anos da cidade, dia 29 de julho de 1960. Segundo a nota jornalística publicada no “Correio do Paraná”, a organização da biblioteca seguiria o critério científico denominado “classificação decimal”. Por conta disso, precisaria solicitar “instruções e orientação da secção de biblioteconomia da Universidade do Paraná”.

Em 1960, fazia dez anos que Leôncio Correia havia morrido e por isso recebeu outras homenagens em Curitiba. No jornal curitibano “Diário da Tarde” (29 de junho de 1960), o cronista José Augusto publicou um artigo elogiando Leôncio, pois “méritos não lhe faltavam” e ele foi uma “existência luminosa e bela”. Segundo o autor, o parnanguara Leôncio “amou como poucos, o seu torrão natal”. Após “passados tantos anos” de sua morte, ele receberia uma justa homenagem em forma de busto em algum logradouro da Capital. No dia 01 de setembro de 1960, houve uma grandiosa festa literária no Centro Paranaense Feminino de Cultura, contando com a participação de várias entidades culturais como a Academia José de Alencar, Centro de Letras do Paraná, Academia Paranaense de Letras, IGH do Paraná, Centro Paranaguense, entre outros. O evento foi uma comemoração ao aniversário do nascimento de Leôncio e também um complemento à inauguração do busto erigido na Praça General Osório.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana