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Ciência e Saúde

Vacinação contra a pólio e sarampo começa na segunda-feira

Objetivo é aumentar coberturas vacinais do País para evitar a reintrodução dessas doenças, já eliminadas no Brasil (Foto: Sesa/AEN)

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Campanha começa no dia 6 de agosto e vai até o final do mês. Objetivo é vacinar 95% do público-alvo no estado

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de segunda-feira, 6, todas as crianças de um ano a menores de cinco do País devem se vacinar contra a pólio e o sarampo, independente da situação vacinal. A nova Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e sarampo começa na segunda-feira, 6, e vai até o dia 31 de agosto. No total, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas. Segundo o Governo Federal, o Dia D de mobilização nacional será sábado, 18, quando os mais de 36 mil postos estarão abertos no País.

Segundo o Ministério da Saúde, “a meta é vacinar, pelo menos, 95% das crianças para diminuir a possibilidade de retorno da pólio e reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil. A madrinha da campanha deste ano é a Xuxa, eterna rainha dos baixinhos”, explica a assessoria.

PARANÁ

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a meta é vacinar ao menos 95% das crianças dessa faixa etária em todo o Paraná. Antônio Carlos Nardi, secretário estadual de Saúde, destaca que desde 1989 o Brasil não registra casos de poliomielite (paralisia infantil). O controle da doença, que não tem tratamento e pode deixar sérias sequelas, só foi possível graças às campanhas sistemáticas de vacinação da população. Entretanto, uma vez que o vírus continua em circulação no mundo, ele pode voltar a fazer vítimas no Brasil, caso os índices de cobertura vacinal fiquem abaixo da meta. 

“Assim como o sarampo, a poliomielite é uma doença com a qual não podemos nos descuidar. O vírus pode entrar no País a qualquer momento e se as crianças não estiverem vacinadas podem ficar doentes. A prevenção através da vacina é fundamental para mantermos essas doenças longe dos nossos filhos”, afirma o secretário de Saúde.

SARAMPO

A Sesa esclarece que a preocupação em torno do sarampo é evitar o aumento no número de casos. “Desde o início do ano, o Ministério da Saúde já confirmou mais de 800 casos de sarampo no Brasil, a maioria no Amazonas e em Roraima. Outros 3.800 casos estão em investigação. A doença foi confirmada ainda em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Pará”, explica a assessoria. O Paraná não registra casos de sarampo desde 2000, mas a campanha pretende manter a doença longe do Estado, algo que depende atualmente do alto índice de vacinação.“Não há medidas preventivas eficazes no caso do sarampo. Apenas a vacinação pode frear o avanço da doença no País”, destaca Nardi. 

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, enquanto houver o vírus em circulação no mundo, a doença pode voltar a contagiar crianças e adultos não imunizados a qualquer momento, mesmo em regiões onde a doença não é registrada há anos, como no Paraná, onde desde 2000 não há registros da doença. “Quando as pessoas estão vacinadas, mesmo que tenham contato com o vírus, não irão se contagiar nem transmitir a doença para outras pessoas. Mas para isso é preciso imunizar ao menos 95% da população”, completa.

MINISTÉRIO DA SAÚDE PREOCUPADO COM VACINAÇÃO

O Ministério da Saúde tem notado continuamente nos últimos anos queda nos índices de cobertura de diversas vacinas pela população, algo que declara como preocupante. “No caso específico do sarampo, a imunização é feita através da aplicação de uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de vida e uma dose da vacina tetra viral aos 15 meses, considerado reforço da primeira. Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que no ano passado 85,2% das crianças brasileiras que deveriam ter tomado a vacina tríplice foram vacinadas e 69,9% tomaram a tetra viral, bem abaixo da meta de 95%. No Paraná, a cobertura vacinal da tríplice e da tetra viral também ficaram abaixo da meta no ano passado. Em 2017, 86,29% das crianças paranaenses receberam a vacina tríplice e 83,27% tomaram a tetra viral”, explica a assessoria da Sesa.

A superintendente da Sesa explica que a diminuição demonstra desconhecimento de parte da população sobre a importância da vacinação para a saúde e bem-estar de crianças, adultos e jovens. “A vacina está disponível gratuitamente em todo o País. Mas é preciso que as pessoas se vacinem, levem seus filhos para se vacinar, mantenham suas carteiras de vacinação atualizadas. Precisamos reconhecer a importância do ato de se vacinar e aproveitar melhor esse direito”, finaliza Júlia Cordellini.

 

*Com informações do Ministério da Saúde e Sesa

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