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Ciência e Saúde

Mulher mostra que é possível dar a volta por cima após o câncer

Na segunda quimioterapia, Cláudia percebeu que o nódulo havia sumido

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Encerrando os relatos publicados pela Folha do Litoral News no mês passado em virtude da campanha Outubro Rosa, Claudia Rodrigues Silva Carneiro Neves, integrante do Instituto Peito Aberto, contou a sua história de superação. Através do autoexame, ela descobriu em 2013 em casa um pequeno caroço na mama esquerda. A princípio, percebeu que poderia haver algo errado e logo marcou uma consulta com sua médica, quando foi constatado o câncer de mama.

A notícia, assim como para todas as mulheres, não foi a melhor de se receber. Até porque, exigiria dela força e coragem para enfrentar o problema.

“Foi horrível receber a notícia. Já tinha vivenciado casos na família, minha avó teve câncer de estômago e meu avô, no intestino. Quando a médica me informou eu chorei muito, estava sozinha na sala e meu filho me aguardava na recepção. Fiquei muito assuntada, não esperava por isso, pensava que era leite empedrado, jamais pensei que fosse câncer”, relatou Cláudia.

Segundo ela, a primeira impressão foi que iria morrer. “Acho que ninguém pensa de outra forma nessa circunstância. Ela me disse que tinha cura, mas que tinha que procurar rápido por tratamento. Mas, ainda assim, fiquei uma semana só chorando”, frisou Cláudia.

No dia da consulta, Cláudia ficou esperando na porta de casa pelo marido que trabalhava à noite para contar sobre a doença.

“Falei para ele: estou com câncer e vou morrer. Ele ficou assustado e começou a chorar comigo. Ele disse que ficaria do meu lado e me deu força. Corremos atrás dos médicos e comecei meu tratamento em Curitiba”, contou Cláudia.

Nas primeiras quimioterapias que fez para diminuir o tamanho do nódulo, este já havia desaparecido. “Na segunda sessão ele já havia sumido. O médico achou que era muito cedo para ter sumido e, após eu insistir, ele fez outra mamografia. Realmente, não tinha mais nada. Mas, de acordo com o protocolo, tive que fazer a cirurgia por prevenção. Antes da cirurgia, eles fazem uma marcação e, no meu caso, a médica não tinha onde marcar porque não tinha mais nada”, enfatizou Cláudia.

 

A VOLTA POR CIMA

Todo o tratamento durou cerca de 10 meses e, hoje, ela se sente curada. Após lutar pela sua vida e pelo seu bem-estar, a vida lhe retribuiu com um presente chamado Maria Júlia.

“Neste ano me tornei vovó! Não posso dizer que agradeço por ficar doente, mas posso dizer que hoje me sinto mais feliz, realizei sonhos que eu não tinha realizado, mudou 100%. Eu era tímida, ficava na minha, não conversava muito, hoje sou mais alegre, dou mais risada. Deus me mostrou que sou mais forte. Hoje, eu dou valor às pequenas coisas. Vivo um dia de cada vez”, salientou Cláudia.

 


Após os momentos de angústia, a vida retribuiu Cláudia com uma neta neste ano

 

Para ela, a vida tomou outro significado e, por isso, o diagnóstico nunca deve ser visto como uma sentença de morte.

“Caso receba a notícia, chore, respire fundo e tenha fé em Deus que dará tudo certo. Pode parecer a pior notícia, mas tudo no final dará certo. Tudo tem um motivo na vida. Lá na frente eu vou ver porque eu passei por tudo isso, foi um grande aprendizado”, concluiu Cláudia.

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