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Ciência e Saúde

Menor que teve perna amputada continua em tratamento na UTI

Menino está acordado e com melhora clínica e laboratorial

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O menor V.H.V.T, de 10 anos, que teve sua perna amputada após complicações no quadro clínico, permanecia na UTI na tarde de sexta-feira, 17. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o paciente encontrava-se acordado, colaborativo, hemodinamicamente estável, sem febre, com melhora clínica e laboratorial importante.

A mãe do menino, Renata Voi, moradora na Vila do Povo, conversou por telefone com a Folha do Litoral News enquanto estava na UTI do Hospital do Trabalhador ao lado do filho. Ela disse que o momento é difícil psicológica e fisicamente. “Ele está na UTI ainda, mas respondendo bem melhor. Na sexta-feira, 17, o médico mostrou a perninha para ele, para ir aprendendo a lidar com essa nova vida”, contou a mãe.

Ela relembrou o que ocorreu naquele fim de semana. “Fui no sábado na UPA, a médica receitou Cefamox. Fui comprar, mas não havia nas farmácias. Voltei no domingo para trocar essa receita e o médico receitou Benzetacil. Após a injeção, a perna do meu filho 'morreu' logo em seguida. Quatro horas após a injeção, ela necrosou”, lamentou Renata.

A mãe do menor disse que conversou com o médico no Hospital do Trabalhador sobre o ocorrido. “O médico disse que foi a injeção, mas não soube explicar se foi mal aplicada ou uma forte reação alérgica”, garantiu.

Renata ainda não sabe o que fará ou como será após a saída da criança do hospital. “Ainda não sei o que vou fazer ou como será. Meu filho gostava de jogar futebol, era alegre, ria o tempo todo e agora não o vejo mais sorrir. Além da perna, foi retirado um pedacinho das nádegas, onde foi aplicada a injeção”, contou. “Quando o levei na UPA, não havia vermelhidão até a metade das pernas, só o pé estava inchado e vermelho por conta do calo inflamado. As pernas estavam normais e não foi feita drenagem”, salientou.

 

SECRETARIA DE SAÚDE

A Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção vem a público prestar esclarecimentos sobre o caso da criança de 10 anos que foi atendida na UPA de Paranaguá no domingo, 12, e teve a perna amputada no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, na terça-feira, 14. De acordo com a secretaria, ainda não é possível emitir uma nota técnica indicando o que motivou realmente a amputação em cima de impressões de familiares publicadas nas redes sociais.

A direção médica da Secretaria está em contato com o corpo clínico do Hospital do Trabalhador, onde o menino está internado, para ter informações mais detalhadas sobre o que ocasionou a amputação. Mas vale informar que o procedimento médico adotado, de aplicar a injeção, foi uma tentativa de resolver o estado infeccioso bastante avançado que apresentava o paciente.

Não foi possível ainda apurar qualquer tipo de erro técnico, até porque não foram repassadas informações oficiais, que são aguardadas pela direção médica da Secretaria de Saúde. Assim que esses dados forem repassados haverá publicação sobre as medidas a serem tomadas.

A Secretaria abriu procedimento administrativo para apurar a fundo o caso. Até agora há somente como divulgar o estado como o paciente deu entrada na UPA, em dois momentos, no sábado, 11, e no domingo, 12. A entrada na UPA pela primeira vez no sábado, 11, foi às 18h21. O paciente apresentava abscesso no dorso dos pés e hiperemia (vermelhidão). A médica que o atendeu fez drenagem da secreção purulenta (retirada do pus), tendo em vista que a infecção se acumulava no local. Foi receitado antibiótico pelo período de sete dias e Ibuprofeno, após isso, houve a liberação.

Já no domingo, 12, o paciente deu entrada novamente na UPA, desta vez às 17h33. Foi verificado que havia inchaço nos pés do paciente que atingiam metade das pernas, com vermelhidão e também secreção nas feridas. O médico fez a prescrição de medicamento injetável e uma técnica de enfermagem aplicou. Depois disso o paciente foi liberado.

 

SESA

A Folha do Litoral News entrou em contato com o Hospital do Trabalhador onde foi realizada a cirurgia. O Hospital indicou a comunicação social da

Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para encaminhamento de informações sobre a situação. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, o paciente V.H.V.T. passou por consulta na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas de Paranaguá e, de lá, foi encaminhado ao Hospital Regional do Litoral (HRL) e, posteriormente, ao Hospital Pequeno Príncipe (HPP), em Curitiba. O menor V.H.V.T. já deu entrada no HRL em estado grave e foi transferido em menos de três horas.

A equipe médica do HPP solicitou avaliação e conduta da equipe da cirurgia vascular do Hospital do Trabalhador por suspeita de Oclusão Arterial Aguda do membro inferior direito. Após avaliação clínica foram verificados sinais de insuficiência arterial em toda a perna. Também foi realizado um exame de angiotomografia, que indicou a necessidade imediata de cirurgia. O procedimento cirúrgico incluiu a amputação do membro para garantir a sobrevida do paciente.

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