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Ciência e Saúde

Cobertura vacinal contra o sarampo é de 56% no litoral do Paraná

Aparecimento de mais de 400 casos em São Paulo alerta para a necessidade de atualização da carteira de vacinação

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O Estado de São Paulo está em campanha de vacinação contra o sarampo. Até a sexta-feira, 19, foram registrados 484 casos da doença, o que representa um crescimento de 26% em uma semana. Pela proximidade, é preciso que a população paranaense atualize a carteira de vacinação devido à baixa cobertura vacinal.

No litoral do Paraná, a cobertura vacinal para o sarampo foi de 56,49%, em 2018, enquanto o indicado pelo Ministério da Saúde é de 95%. Os dados foram fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que também informou que a vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde dos municípios, de segunda à sexta-feira.

De acordo com a Sesa, não há suspeita de sarampo no Paraná, o último caso no Paraná ocorreu em 1999 e, desde 2000, não houve mais registros. No entanto, o retorno da doença em São Paulo exige que as pessoas atualizem a carteira de vacinação. “Existe a possibilidade da doença chegar ao Paraná, devido ao Estado de São Paulo ser tão próximo e ao alto volume de pessoas do Paraná viajando para o Estado vizinho e vice-versa”, observou a Sesa.

O Paraná não está em campanha ou ação específica contra o sarampo, mas a 1.ª Regional de Saúde está mobilizada desde o mês de junho com encontros com as equipes de saúde, buscando intensificar os fatos que resultam nessa baixa cobertura, devido à grande mobilidade populacional que é típica do litoral.

“A Sesa sempre realiza treinamentos através de reuniões, palestras, videoconferências, entre outros, para auxiliar os profissionais de saúde em todos os municípios do Estado, através das 22 regionais de saúde”, ressaltou a Sesa, em nota.

Vacina é a única maneira efetiva de prevenir a doença

VACINA TRÍPLICE VIRAL

A vacina que protege contra o sarampo é a Tríplice Viral, que previne também a caxumba e a rubéola. Essa vacina é indicada a todas as pessoas a partir de 12 meses até 49 anos. “Até 29 anos são necessárias duas doses para a imunização, a partir dos 30 até 49 anos apenas uma dose. Para as crianças, o calendário vacinal contempla que seja aplicada a primeira dose de tríplice viral aos 12 meses e um reforço aos 15 meses com a tetra viral”, informou a Sesa.

A orientação da Sesa é para que a população considere as doses já registradas na caderneta de vacinação. Se a pessoa só tem o registro de uma e tem até 29 anos deve fazer mais uma. Se não tiver nenhuma até 29 anos irá receber duas doses e, acima de 30, apenas uma dose.

“O aumento das coberturas vacinais da Tríplice Viral (que previne contra sarampo, caxumba e rubéola) é de extrema importância; o acumulado do Estado até o mês de junho deste ano era de 89,8% na faixa etária menor de 1 ano, sendo que a cobertura vacinal deve ser de 95%. Por isso a Secretaria Estadual faz esta sensibilização à população”, explicou a enfermeira da Divisão de Imunização da Sesa, Vera Rita Maia.

SINTOMAS

Os primeiros sintomas do sarampo são febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos de exantema, que são as manchas avermelhadas pelo corpo. A transmissão do sarampo ocorre de forma direta e rápida, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais ficam suspensas no ar. Por isso, é elevado o poder de contágio da doença. A vacina é a única maneira efetiva de prevenir a doença.

Vacina é a única maneira efetiva de prevenir a doença


Sarampo causa graves alterações na visão

A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil entre os países com menor orçamento para a saúde. Como se não bastasse o baixo orçamento, parte da população acredita que as vacinas podem fazer mal à saúde. Prova disso é o surto de sarampo no Brasil, depois do País ter eliminado o vírus em 2016.

“As piores sequelas da doença acontecem na visão de crianças, especialmente quando o vírus é transmitido ao feto durante a gravidez, através da placenta”, alertou o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto. Isso porque, o bebê nasce com catarata congênita, doença que responde por quatro em cada 10 casos de perda da visão na infância.

Por isso, ressalta, mulheres em idade fértil que nunca tiveram sarampo ou que não sabem se foram imunizadas nos primeiros anos de vida e adultos que não tomaram a vacina devem procurar pela imunização e tomar as duas doses de vacina no intervalo de um mês. Quem já passou dos 50 anos não precisa ser vacinado porque a maioria das pessoas nesta faixa etária já teve sarampo e, por isso, é imune à doença. 

Da Assessoria.

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