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Ciência e Saúde

Calendário de vacinação é ampliado em 2017

Objetivo é elevar a cobertura vacinal e aumentar a proteção de crianças, jovens e adultos

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Para este ano, o Ministério da Saúde ampliou o calendário de vacinação com o intuito de elevar a proteção contra algumas doenças como sarampo, caxumba, rubéola, tétano, hepatite entre outras. Desta forma, a população precisará ficar mais atenta às vacinas e ao período que deverão procurar as unidades de saúde para se imunizar.

Segundo o Ministério da Saúde, por meio do Portal da Saúde, há um investimento de R$ 3,9 bilhões na compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos diferentes de doenças anualmente. A medida só foi possível devido a uma economia a partir da redução no valor de três vacinas: hepatite A, HPV e dTpa.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá, a população, tanto para vacinação em crianças como em adultos, pode procurar por qualquer uma das unidades básicas, pois todas estão aptas à aplicação das vacinas que foram ampliadas pelo Ministério da Saúde.

 

VACINAÇÃO INFANTIL

Anteriormente, a vacina contra a hepatite A era aplicada em crianças de até 2 anos. Com as mudanças, crianças de até 5 anos poderão ser imunizadas. Agora, os pais precisam levar seus filhos para tomar a dose nas unidades de saúde quando as crianças tiverem 15 meses ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias. “Em países que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes. Além disso, estudos também têm demonstrado que, em cerca de 95% dos vacinados, há produção de anticorpos em níveis protetores, quatro semanas após a vacinação com uma dose”, informou o Portal da Saúde.

Com as alterações, crianças de até 5 anos passarão a tomar também a vacina contra varicela. “Em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados”, frisou o Portal.

 

ADOLESCENTES

A meningite C é outra doença com vacina disponível que se destaca no calendário de vacinação de 2017. A meningocócica C será disponibilizada para adolescentes de 12 a 13 anos, sendo que a intenção é ampliar a faixa etária, de forma gradativa, até 2020, quando serão imunizadas crianças de 9 a 13 anos.

“A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade de rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal”, destacou o Ministério da Saúde.

 

ADULTOS

Os adultos deverão se proteger com a 2.ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) de 20 a 29 anos, o que deve propiciar a diminuição dos casos de caxumba e coqueluche. Anteriormente, poderiam tomar somente até os 19 anos. “A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Para adultos de 30 a 49 anos permanece a indicação de apenas uma dose de tríplice viral”, informou o Portal Saúde.

 

Gestantes precisam tomar uma dose de dTpa a partir da 20.ª semana de gestação

 

A dTpa, que protege da difteria, tétano e coqueluche é outra vacina com a qual os adultos devem se preocupar. Em especial, gestantes, que precisam tomar uma dose a partir da 20.ª semana de gestação ou no puerpério (até 45 dias após o parto). A vacina aumenta a imunização de gestantes, pois passa anticorpos ao bebê para proteção da coqueluche. Para mães durante o puerpério evita a transmissão da doença para o recém-nascido.

 

HPV

A vacina contra o HPV, que já era ofertada para meninas 9 a 13 anos, também foi ampliada. Meninos da mesma faixa etária também poderão tomar as doses, além de meninas até 14 anos. Além disso, homens que vivem com HIV e AIDS entre 9 e 26 anos, e imunodeprimidos (transplantados e pacientes oncológicos) também entraram no novo calendário. Mulheres nestas condições já recebem a vacina desde 2015.

Em meninos, a vacina previne contra os cânceres de pênis, ânus, garganta e verrugas genitais. Em meninas, reduz a incidência do câncer de colo de útero e vulva, já que os homens são responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras.

A mudança na vacinação contra o HPV é justificada pelo fato de pessoas com o sistema imunológico comprometido estarem mais suscetíveis a problemas graves de saúde. O esquema vacinal contra HPV é composto por três doses, com intervalos de dois e seis meses.

 

Foto de capa: AEN

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