Apesar de a vacina para a Covid-19 já ser uma realidade, a doença ainda é muito recente e, com isso, ainda há estudos que estão procurando cada vez mais preparar cientificamente a humanidade para prevenir e combater esta enfermidade global. Em pouco mais de um ano de era pandêmica, ficou claro que os grupos de risco, entre eles, principalmente, idosos e pessoas com comorbidades, são os mais suscetíveis a desenvolverem o estado grave do novo Coronavírus e irem a óbito em decorrência da doença. Entretanto, não se deve descuidar das outras faixas etárias, entre elas as crianças.
Parte da população já desdenha naturalmente do vírus, não respeitando o uso de máscara, distanciamento social e higienização, porém, há pessoas que vão além no desleixo e, além de não adotarem estas medidas com os seus filhos jovens e crianças, passam uma mensagem totalmente errada de desdém à pandemia. A criança utiliza como exemplo para seu desenvolvimento os pais e responsáveis, portanto, se um adulto não usa máscara e não lava as mãos, obviamente que o seu filho fará o mesmo.
Apesar do risco de contaminação e transmissão ser mais baixo com relação ao Coronavírus entre crianças e jovens, ele não é inexistente. Em matéria divulgada nesta edição da Folha do Litoral News, o médico Jhonatan Aredes, que atua na linha de frente contra a Covid-19 em Paranaguá, explicou que há a necessidade de atenção contínua com o público infantil, pois, inclusive, há a possibilidade de quadro grave decorrente do Coronavírus em crianças, com infecção generalizada quadro de inflamação generalizada que não ocorre apenas nos pulmões, mas também no coração, nos rins, no cérebro, na pele e no intestino, algo que é chamado de Síndrome Inflamatória Multissistêmica.
É hora de darmos o exemplo como adultos a todas as crianças. Pais, responsáveis e pessoas próximas devem se atentar ao que dizem e fazem perto do público infantil e jovem com relação à pandemia. O diálogo é a ferramenta certa para convencimento da importância da máscara, de lavar as mãos, de adotar distanciamento social, algo ainda mais importante neste período em que parte das escolas está voltando ao ensino presencial. E não adianta só falar, tem que mostrar na prática. A pandemia é um momento crítico e deve ser superado com fraternidade, ciência e cuidados.
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