No último domingo, teve início, em Paranaguá, a tradicional Festa de Nossa Senhora do Rocio, evento aguardado pelos devotos da padroeira do Paraná. Inclusive, nesta edição, a festividade religiosa foca na abrangência que a santa possui em todo o Estado, sendo este o único do Brasil a ter uma padroeira oficial reconhecida pelo Vaticano.
O tema escolhido foi “Rocio, lugar sagrado dos paranaenses”, para divulgar e reforçar que Paranaguá acolhe a todos para essa homenagem no mês de novembro. A devoção a Nossa Senhora do Rocio marca o início da fé católica no Paraná e se mistura com a própria história do Estado. Há pouco tempo, a festa em louvor à Padroeira do Paraná foi considerada patrimônio imaterial, título empregado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Tal representatividade esteve presente no manto de Nossa Senhora do Rocio, produzido especialmente para a festa anualmente. O manto deste ano é composto por bordados em alusão ao tema da festa, com monumentos do Paraná, como a Catedral de Maringá, o Jardim Botânico de Curitiba, os Campos Gerais, Cataratas do Iguaçu e a bandeira do Estado.
Além de trazer esses elementos que retratam as paisagens paranaenses, a produção do manto carrega a história de uma devota, uma senhora que se dedica há mais de 20 anos a doar a peça que é apresentada durante a abertura da festa. A senhora Rosy Maria Kossatz Lopes, de 80 anos, fez uma promessa para a santa, e a produção da vestimenta ficou por conta da artesã Margarete Gaspar.
O momento foi de emoção por parte dos fiéis que acompanharam a missa na noite de domingo, sentimento este que deve se fazer presente também nos próximos dias, com o início da novena e com as procissões que simbolizam a fé e o amor dos parnanguaras pela santa que protege todo o Estado.
Ainda são muitos os paranaenses que desconhecem a história de Nossa Senhora do Rocio, por isso, espera-se que os visitantes que tiverem a oportunidade de conhecer ou de revisitar o Santuário consigam propagar esta devoção e contribuir com o fortalecimento do local como polo de turismo religioso do Paraná.