Ciência e Saúde

Prejuízos são causados na UPA pelo uso de cerol em Paranaguá

Unidade e Farmácia Municipal ficaram sem Internet por três dias devido a rompimento de cabo

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Autoridades municipais alertam para prejuízos nos serviços públicos, bem como riscos à vida de pedestres e ciclistas (Foto: Folha do Litoral News)

No final de julho, a utilização de pipas com cerol e linha chilena em Paranaguá causando prejuízos nos serviços públicos de saúde, rompendo o cabo de internet que fazia ligação com a Unidade Básica de Saúde (UPA) João Pereira e com a Farmácia 24 horas Ivo Petry Maciel, na Vila Itiberê, interrompendo os serviços e prejudicando o atendimento de pacientes. A Prefeitura de Paranaguá, através da secretarias municipais da Saúde (Semsa) e Segurança (Semseg), bem como da Guarda Civil Municipal (GCM), emitiram alerta quanto aos danos causados pelos fios cortantes, bem como riscos à vida de motociclistas e pedestres.

Segundo o município, a interrupção da Internet devido ao cerol aconteceu entre 27 a 30 de julho, impedindo o acesso a prontuários e realização da dispensação de medicamentos controlados.“É um prejuízo direto a setores fundamentais para o atendimento da população. Além disso, o uso de cerol representa risco à integridade física de pacientes que já saem debilitados das unidades de saúde”, afirmou. Ela fez um apelo à população para que evite soltar pipas próximo a unidades de saúde e, sobretudo, que não utilize materiais cortantes”, afirma a secretária municipal de Saúde, Patricia Muzetti Vianna Scacalossi.

GCM

O comandante da GCM, Ivan Luiz Bernardi, afirmou que a prática de empinar pipa é tradicional em Paranaguá, mas alertou para os perigos da utilização de cerol. “Não estamos proibindo ninguém de soltar pipa. A brincadeira é saudável, promove interação familiar, mas deve ser feita com responsabilidade. O uso de cerol pode provocar acidentes gravíssimos, inclusive fatais, especialmente com motociclistas”, completa.

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Segundo o comandante da GCM, Ivan Luiz Bernardi, empinar pipa é algo tradicional na cidade, mas que exige cuidados e não utilizar o cerol (Foto: Moyses Zanardo/Secom)

Segundo Bernardi, a Guarda Municipal intensificou ações de fiscalização, principalmente nos finais de semana, com orientação de jovens e responsáveis, assim como recolhimento de materiais ilegais. “Na maioria das vezes, são menores que utilizam cerol ou a linha chilena, também proibida. Recolhemos o material e encaminhamos para a central da GCM”, salienta.

Legislação

“A legislação municipal, por meio da Lei nº 415/10, já proíbe a comercialização e o uso de cerol. Em âmbito estadual, a Lei sancionada em 27 de julho de 2020 pelo governador Ratinho Júnior também proíbe posse, uso, fabricação e transporte da mistura cortante. As multas podem chegar a R$ 1.062,20 para pessoas físicas e R$ 2.124,40 para pessoas jurídicas, com valores atualizados conforme a Unidade Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR)”, explica a Prefeitura de Paranaguá.

De acordo com o município, para cidadãos denunciarem, basta entrar em contato com a Central de Operações da GCM pelo telefone (41) 3421-1846. “As ligações podem ser feitas de forma anônima”, finaliza.

Com informações da Prefeitura de Paranaguá/Secom


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Leonardo Quintana Bernardi

Editor-chefe da Folha do Litoral News. Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.

Prejuízos são causados na UPA pelo uso de cerol em Paranaguá

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