O Teatro Municipal Rachel Costa, ícone da cultura parnanguara, encontra-se interditado por graves problemas estruturais. Mofos, goteiras e até o desabamento de parte do teto do auditório inferior revelam o abandono prolongado. Em coletiva de imprensa, o prefeito Adriano Ramos expôs a situação crítica e apontou a gestão anterior como responsável pelo descaso, afirmando que “vampiros da política sugaram os recursos públicos sem devolver nada em cuidado com o patrimônio”.
A cena descrita no teatro lembra as advertências de Nicolau Maquiavel em O Príncipe sobre a negligência de governantes que priorizam interesses próprios ao bem coletivo.
Ao comparar os antigos gestores a “vampiros”, Adriano Ramos evoca a ideia sugerindo que antigos líderes favoreceram aliados enquanto desampararam o povo. A ausência de manutenção no teatro não é apenas uma falha administrativa, mas uma ofensa à identidade cultural de Paranaguá.
Adriano Ramos, ao expor o estado calamitoso do teatro, busca se afastar dessa lógica de abandono, assumindo uma postura de uma gestão que quer colocar a casa em ordem, ou melhor, o Teatro Rachel Costa. Ao encarar o desafio de restaurar o teatro, Ramos tenta construir uma imagem de gestor proativo e comprometido com o bem comum.
Paranaguá espera que a indignação adotada pela gestão atual resultem na recuperação do Teatro Rachel Costa, devolvendo à cidade um de seus maiores símbolos culturais.
Quando governantes viram as costas para a cultura, o patrimônio desaba junto com a memória de um povo.