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Opinião

Economia Azul

O Papel do Mar para o Brasil

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Com um litoral de aproximadamente 7,5 mil quilômetros, o Brasil encontra no Oceano Atlântico um dos pilares centrais de sua economia e segurança. O mar é responsável por escoar 90% da produção agropecuária e 95% do comércio exterior, consolidando-se como via estratégica de circulação de bens. Além disso, o setor marítimo emprega mais de 20 milhões de brasileiros, representando cerca de 25% dos empregos no país, evidenciando a importância da Economia Azul, um conceito que foca no uso sustentável dos recursos oceânicos para o crescimento econômico.

O mar brasileiro não é apenas um motor econômico, mas também um ativo geopolítico. A Marinha do Brasil desempenha um papel fundamental na proteção das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), garantindo a soberania, a segurança das rotas marítimas e a proteção dos vastos recursos naturais do país. Esse conjunto de fatores posiciona o Brasil como um importante ator no cenário internacional.

Crescimento Sustentável

A Economia Azul representa uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Ela integra o uso responsável dos recursos marinhos com a preservação ambiental, impulsionando o crescimento de setores como a pesca, aquicultura, energia eólica offshore e atividades portuárias. O Brasil, com seu extenso litoral, está bem posicionado para se beneficiar dessa economia sustentável.

O Paraná, por exemplo, abriga um dos portos mais eficientes do Brasil, reconhecido por órgãos reguladores como referência em infraestrutura moderna e inovação. Ser um líder em eficiência portuária é um trunfo para o desenvolvimento de qualquer nação, colocando-a no radar internacional de competitividade e atraindo novos investimentos.

O Papel do Paraná e do Setor Produtivo

O Governo do Paraná tem demonstrado visão ao reconhecer a importância dos portos e investir em uma infraestrutura logística inteligente, essencial para garantir competitividade global. Contudo, o sucesso dessa estratégia depende de um esforço conjunto. O setor produtivo deve se comprometer a afastar a política de interesses pessoais, trabalhando em sintonia com aqueles que realmente buscam um Estado próspero, inovador e competitivo. Juntos, é possível garantir que o Paraná e o Brasil ocupem uma posição de destaque na Economia Azul global.

Não podemos admitir que em alguns setores, o “terno seja maior que o corpo do gestor” que ocupa a cadeira de uma instituição num segmento empresarial tão importante ao Paraná.

Tanto no mar, quanto no ar ou em terra, a pacificação e o diálogo à luz do dia são o melhor caminho.

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