Criado em 2001, o Movimento Pró-Paraná (MPP) atua de forma contínua pelo desenvolvimento do Estado, com foco na integração de vários segmentos da sociedade paranaense e diálogo junto aos poderes constituídos. Uma das principais linhas de atuação é o esforço coletivo em prol de avanços econômicos, sociais e de infraestrutura, com foco na agroindústria, na indústria e na vinda de investimentos ao Estado, ecossistema onde o Porto de Paranaguá, que celebra seus 89 anos, possui protagonismo e é essencial não somente para o crescimento do Paraná, como também de todo o Brasil. O presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski, reforça esse protagonismo do Porto e, em entrevista, reforçou os investimentos atuais da Portos do Paraná, o Corredor de Exportação, os serviços de derrocagem e a expectativa para o futuro.
Segundo Marcos Domakoski, o Porto de Paranaguá tem sido, ao longo de décadas, um impulsionador essencial do desenvolvimento do Paraná e do País. “Nos últimos anos essa contribuição ficou ainda maior, com investimentos e medidas que têm elevado a competividade do terminal frente a outros portos do país. Exemplo disso é a derrocada da Pedras Palanganas do Canal da Galheta, operação que contou com o apoio e com nota técnica no Comitê de Infraestrutura mantido em parceria pelo Movimento Pró-Paraná e pelo Instituto de Engenharia do Paraná. Ampliando-se a profundidade da passagem na entrada da baía, foram reduzidos os problemas para a execução de manobras e também os riscos de acidentes de navegação. Foram fatores fundamentais para a atração de mais embarcações e, por consequência, para o desenvolvimento da economia do Paraná”, acrescenta.
Outorgas e leilões
Segundo o presidente, as outorgas e leilões realizadas no Porto de Paranaguá nos últimos anos são fundamentais para o crescimento do setor. “Os leilões feitos desde 2019 estão permitindo que novos investimentos sejam feitos e que a movimentação de cargas aumente ano após ano, sempre otimizando o uso das áreas disponíveis. Em 2023 foram movimentadas 65 milhões de toneladas em 2023 nos portos de Paranaguá e Antonina, um salto de 12% em relação a 2022”, acrescenta.
“A implantação do sistema ferroviário exclusivo para farelos e grãos deve levar o porto a continuar batendo recordes. Ressalto que os leilões mostram também um saudável trabalho conjunto do governo federal e do governo estadual. É assim que deve ser, precisamos deixar de lado questões partidárias e ideológicas para priorizar a modernização, a eficiência e o ganho de competitividade”, ressalta Domakoski.
Investimentos
Para Domakoski, os investimentos realizados pelo Governo do Estado, por meio da Portos do Paraná, nos últimos anos são importantes e impulsionam uma série de outros setores da economia. Nesse sentido, se destacam o agronegócio, a indústria e também o turismo, com os navios de cruzeiro, uma atividade sustentável, que pode trazer grande desenvolvimento para o nosso litoral. Quando se fala em planejamento e desenvolvimento, não há fatores isolados. A cadeia logística toda, avança com o porto”, reforça.
“Os avanços também são visíveis nos investimentos viários e que estão sendo feitos em todo o litoral e também na frente ferroviária, pois o projeto do Moegão, obra que vai receber R$ 600 milhões, garantirá um salto de eficiência no transporte de trem, preparando a estrutura portuária para receber o volume de cargas da Nova Ferroeste”, salienta o presidente.
Corredor de Exportação e derrocagem
Ainda no que tange ao agronegócio e desenvolvimento econômico, Domakoski destaca o protagonismo do Corredor de Exportação para o Porto e para todo Paraná. “A importância é absoluta. O Corredor de Exportação do nosso porto torna o transporte mais eficiente e econômico, além de impulsionar o desenvolvimento das regiões pelas quais passa”, salienta.
Outro ponto salientado por ele foi a derrocagem e remoção de rochas da Pedra Palangana para aumento de eficiência do Porto no fluxo de embarcações no terminal. “O trabalho de dragagem não estaria completo sem a remoção das rochas, pois elas ofereciam riscos às manobras das embarcações. A derrocagem aumentou a segurança da navegação e permitiu o acesso de navios de maior porte ao porto. Tudo isso foi feito com o cuidado, com estudo, licenças e monitoramentos ambientais”, diz o presidente.
Expectativa para o futuro
Parabenizando o Porto de Paranaguá pelos seus 89 anos, o presidente do MPP afirma que a expectativa para o futuro é positiva. “A tendência é de que as movimentações de cargas se mantenham em altos patamares. Houve recentemente um incêndio na área de armazenagem, mas isso será rapidamente superado e a expectativa é a melhor possível. Aguardamos também a construção do Moegão, que deve começar nos próximos meses, com um sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos. Com a obra pronta, espera-se um aumento de mais de 60% na capacidade de desembarque de cargas”, finaliza Marcos Domakoski.