Editorial

Cidades históricas e o desafio de recuperar o patrimônio

Embora seja um privilégio abrigar tantos locais que fizeram parte do enredo dos acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da região e do Estado, esses locais exigem cuidados de manutenção e restauração

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As cidades históricas possuem características únicas em suas paisagens, especialmente devido aos seus edifícios que fazem parte do patrimônio histórico e cultural. Embora seja um privilégio abrigar tantos locais que fizeram parte do enredo dos acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da região e do Estado, esses locais exigem cuidados de manutenção e restauração. E esse é, sem dúvida, um desafio, devido ao custo dessas reformas que devem priorizar seus aspectos originais.

O processo de restauro desses prédios começa por um estudo minucioso sobre suas características e isso leva tempo e demanda recursos. Em Paranaguá, o Projeto Marco Zero deu esse pontapé para a restauração da Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário. A igreja tem mais de 400 anos e, desde sempre, manteve suas atividades religiosas com a participação da comunidade e precisa de reforma. Por isso, o projeto, em três etapas, objetiva um levantamento de toda a história do prédio para posteriormente apontar o que precisa ser feito para a sua restauração.

Ultimamente, o espaço na Catedral e seu entorno tem sido utilizado como local de apresentações artísticas e culturais. Assim foi na festa junina realizada no ano passado, com ampla adesão da população; e a projeção mapeada com espetáculo infantil para crianças no Natal. Isso certamente contribui para a valorização do patrimônio cultural religioso da cidade de Paranaguá.

Além do projeto Marco Zero, que deve avançar neste ano, há a previsão de início de um projeto para restauração do Palácio Visconde de Nácar, localizado na rua de mesmo nome, que está deteriorado. O anúncio do início do projeto foi anunciado pelo prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, no fim do ano passado. O local guarda em suas paredes trechos da história do Brasil Imperial, com passagem do imperador Dom Pedro II e sua comitiva no salão principal.

Portanto, 2024 pode ser de novidades no campo da cultura e história de Paranaguá. Quando o tema são prédios tomados pelo patrimônio, sabe-se que não é fácil e nem rápido os processos de restauração. Mas, há que se começar em algum momento para colher os frutos futuramente.

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.