O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto de casos, ficando atrás somente da Índia. A doença é muito antiga, mas ainda tem um índice de infectados muito algo. Em 2021, 80% dos casos registrados no Paraná eram graves e, por isso, o alerta se faz importante. Principalmente, porque a doença tem cura e essa informação deve ser divulgada.
O Estado tem um projeto de referência para tratamento da hanseníase, o Projeto Sasakawa, que recentemente foi aderido por mais quatro municípios, entre eles um da região do litoral, Pontal do Paraná. Uma das grandes dificuldades em lidar com o tema, além de ampliar o conhecimento das pessoas sobre uma doença antiga, é lidar com o enfrentamento do estigma e discriminação diante dos pacientes.
O diagnóstico tardio traz sequelas, mas existe tratamento e cura, por isso a necessidade de falar sobre a doença, difundir as formas de prevenção, as maneiras de se fazer o diagnóstico e, especialmente, onde pedir ajuda. Paranaguá tem um setor específico, no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, para diagnosticar, tirar dúvidas e acompanhar o tratamento de pacientes com tuberculose e/ou hanseníase. O setor está localizado nas dependências do Centro de Diagnóstico João Paulo II e está aberta para o atendimento da população.
Assim que iniciado o tratamento, a transmissão da doença é interrompida. Portanto, quanto antes se procurar ajuda e tratamento adequado e gratuito, melhor para os pacientes e também para quem convive com ele. Ações integradas dos órgãos de saúde são tão importantes quanto a conscientização da população sobre essa e outras doenças.