Na manhã de terça-feira, 13, foi lançado em Paranaguá o projeto “Rede de Turismo Caiçara”, uma iniciativa da TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá S.A.) em parceria com o Sebrae. O projeto considera a importância da valorização das tradições do município e a potencialização da Rede de Turismo Caiçara de Paranaguá através do fortalecimento das comunidades.
Está incluída no projeto a Ilha dos Valadares, Eufrasina, Ponta do Ubá, Piaçaguera e São Miguel. O supervisor institucional da TCP, Octavio Eliot Silva e Souza, afirmou que o objetivo do projeto é desenvolver o turismo nessas comunidades em Paranaguá.
“Já foi realizado um diálogo com as comunidades, foi uma demanda solicitada por elas e a TCP vendo isso criou esse projeto. Para a TCP é um orgulho poder proporcionar e implementar esse projeto, que vem nesse viés de valorizar a cultura tradicional em Paranaguá, escutando as comunidades, fazendo diálogos, temos uma parceria de longos anos com o Sebrae, o que só fortalece o desenvolvimento do empreendedorismo e turismo de base comunitária”, afirmou Octavio.
Segundo ele, o próximo passo, após o lançamento do projeto, é conhecer mais as demandas dos moradores para desenvolver e fomentar o turismo na baía de Paranaguá.
CAPACITAÇÃO
O gerente regional do Sebrae/PR, Weliton Perdomo, declarou que a expectativa é impactar as comunidades e levar conhecimento para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região.
“É uma oportunidade de gerar emprego e renda e, a partir disso, ter uma economia mais sustentável e equilibrada. A questão da sustentabilidade e governança é mundial, são formas de se reinventar, de oferecer um serviço de turismo que já existe, mas gerando mais oportunidade e vendendo isso como valor aos turistas, levando o que tem de bom aqui e mostrando que a economia local se beneficia do turismo. Todo o litoral tem um potencial enorme para isso, é uma região ainda pouco explorada”, frisou Weliton.
EXPERIÊNCIAS TURÍSTICAS
A coordenadora técnica do projeto Rede de Turismo Caiçara, Marianne Costa, trabalha com turismo de base comunitária há mais de dez anos em todo o País. Ela explicou que essa forma de se fazer turismo se caracteriza por colocar as comunidades como protagonistas.
“Em Paranaguá, existem as comunidades caiçaras que ainda preservam seu modo de vida, suas tradições, a pesca artesanal, o fandango, que é uma manifestação cultural, além de toda a natureza e a mata atlântica preservada. O objetivo do projeto é apoiar essas comunidades para desenvolver e aprimorar experiências turísticas. Algumas comunidades já recebem turistas e outras querem receber e a ideia é a gente apoiá-las para receber esse perfil de turista”, elucidou Marianne.
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Maria Plahtyn, participou do lançamento do projeto representando o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque. Segundo ela, a iniciativa agrega a um trabalho que já vem sendo realizado no município de fortalecimento das comunidades e do turismo.
“É um projeto que vem qualificar, profissionalizar o turismo de base comunitária, o que para a gente é fantástico. Como apoiadores já por natureza, estamos muito felizes, sabemos que isso mostra o quanto as empresas começam a se envolver com a vivência da cidade, entendendo as potencialidades do turismo. Vem concretizar o que a gente entende que é uma tendência e que é uma vocação para a região. Paranaguá tem muito a oferecer, temos uma infinidade de produtos, de opções de turismo de experiências, onde as pessoas vivem aquela realidade junto à natureza”, enfatizou Maria.
COMUNIDADES
As comunidades também estiveram representadas no evento de lançamento do projeto com seus representantes, entre eles o Mestre Zeca, da Ilha dos Valadares, com uma apresentação de fandango aos convidados. Representando a Ilha de Eufrasina estava o casal Luciane Aparecida Draye e Isaías Rodrigues, que possui uma hospedagem familiar no local chamada de Formiga dos Mares.
“Trabalhamos com o ecoturismo, divulgamos pela internet e fazemos as buscas dos grupos que fazem os pacotes de hospedagem. Estamos há um ano e um mês na Ilha de Eufrasina, morávamos na Ilha do Teixeira, onde nos procuravam para fazer turismo, onde ficar, comer e dormir. O movimento ainda é pouco, até porque é complicada essa travessia do mar. Temos um barco em reforma que logo estará funcionando”, contou Luciane.
Com a implementação do projeto, a expectativa do casal é grande. “Como ainda estamos no início, a divulgação é muito importante. Nós buscamos cada vez mais nos capacitar para oferecer um bom serviço, conhecer todos os recursos da Ilha para mostrar o que temos e tudo o que tem para aproveitar. Hoje temos bons comentários de lá, fazemos trilhas, tem muita coisa para explorar e a gente precisa se preparar bem para apresentar aos turistas. É um lugar que dá para se divertir, se distrair. A ideia é que o turista vá e tenha muita coisa para fazer”, ressaltou Isaías.
