A segurança nas escolas é um tema que começou a ser debatido pela sociedade de forma mais acentuada nos últimos meses em virtude dos tristes episódios registrados em algumas escolas brasileiras. Da mesma forma, neste mês, também tem se abordado a prevenção do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes dentro da campanha nacional Maio Laranja, que mobiliza o Poder Público e a comunidade.
Diante do cenário que os profissionais da educação se encontram, de proximidade com os estudantes e, muitas vezes, por oferecerem o acolhimento que precisam para relatar os problemas que estão passando no âmbito familiar, é das escolas que saem muitas das denúncias de casos de abuso sofridos em casa. Por isso, a temática do Maio Laranja é pertinente a todos os públicos. As famílias precisam estar cientes sobre as formas de prevenção e canais de denúncia. Os cidadãos de forma geral precisam estar atentos para denunciar.
As crianças e adolescentes precisam ter conhecimento sobre o tema, adequado para cada faixa etária, e também ter pessoas para confiar e, assim, poderem se sentir à vontade para contar a violência que estão enfrentando. E, as escolas, têm papel fundamental na escuta desses alunos. É para lá que eles vão todos os dias e convivem com várias pessoas. Por isso, um evento foi realizado em Paranaguá na sexta-feira, 19, pelo Núcleo Regional de Educação (NRE), a fim de despertar nos grêmios estudantis e nos agentes educacionais a importância de estarem atentos ao comportamento dos estudantes. O Paraná tem o projeto Escola Escuta, que se fez necessário com a pandemia para ouvir alunos que precisam de um apoio socioemocional. Uma ferramenta a mais para ajudá-los.
A união de esforços e o amplo debate é que fará a diferença na transformação da realidade da violência contra crianças e adolescentes. Que o Maio Laranja e as discussões recentes sobre segurança escolar contribua também para a valorização da escola como papel fundamental na vida e no desenvolvimento dos jovens.
