Semana passada (13/10/22 na CNN Brasil) li uma matéria jornalística que trazia o Relatório Planeta Vivo do WWF (Fundo Mundial para a natureza) e da Sociedade Zoológica de Londres. Neste relatório podemos ver alguns dados que nos preocupam muito. Continuamos descuidando da natureza e parece que há uma insensibilidade da sociedade quanto a este fato. Este documento que eu citei traz o alerta que esforços de conservação não são suficientes. O que é preciso é uma ação urgente para reverter a perda da natureza e adotar soluções integradas. Neste relatório lemos que as populações de animais selvagens em todo o mundo tiveram um declínio médio de 69% desde 1970. As regiões tropicais são as mais afetadas pela perda de biodiversidade. Entre 1970 e 2018, as populações monitoradas na região da América Latina e do Caribe encolheram 94% em média. As populações de espécies de água doce monitoradas tiveram um declínio alarmante de 83% desde 1970, mais do que qualquer outro grupo de espécies. Entre 32 mil populações de 5.230 espécies de todo o planeta, analisadas pelo WWF, o boto amazônico (Inia geoffrensis) destacou-se como uma das que mais diminuíram nas últimas décadas. Segundo o WWF, além da contaminação por mercúrio, estes animais sofrem com a captura não intencional em redes, com ataques em represália pela danificação de equipamentos de pesca e pela captura para o uso como isca na pesca.
Metade das ameaças a essas populações ocorrem devido à perda de habitat e as barreiras às rotas de migração, segundo o relatório. A ação humana tem ligação direta com os dados acima apresentados. Ainda segundo o documento, há o alerta de que a crise climática e a perda de biodiversidade são problemas ambientais que trazem impactos para a economia, desenvolvimento e segurança das sociedades. Enquanto os países desenvolvidos são responsáveis pela maior parte da degradação ambiental, as nações em desenvolvimento são impactadas desproporcionalmente pela perda de biodiversidade. Há sim um desequilíbrio ambiental e exploratório no mundo. Devemos refletir sobre isso para que nossos governantes possam tomar as melhores decisões possíveis para diminuir esta crise que coloca em lados opostos o desenvolvimento e a sobrevivência das espécies (texto adaptado de CNN Brasil).