De Olho nas Eleições Eleições 2022

Em Paranaguá, 420 eleitores declararam algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida

TSE afirma que urnas estão preparadas para promover a inclusão e facilitar a votação

Dados da Justiça Eleitoral indicam que, em Paranaguá, 420 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Entre eles, 127 possuem deficiência visual, 123 deficiência de locomoção, 65 deficiência auditiva, 13 declaram dificuldade para o exercício do voto e 142 relataram outro tipo de deficiência.

Neste ano, para receber com mais segurança esses eleitores, a Justiça Eleitoral vai disponibilizar mais de 163 mil seções eleitorais com acessibilidade. “Eleitoras e eleitores nessa situação podem exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para suprir as respectivas necessidades. A cada eleição, a JE aumenta a acessibilidade dos locais de votação para propiciar a essa parcela do eleitorado maior facilidade e conforto”, afirmou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o TSE, quem estiver votando pode pedir ajuda aos mesários sobre a maneira de votar, ou seja, a respeito da ordem de votação, mas nunca sobre o voto. A pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida pode ser auxiliada por alguém de sua confiança, desde que não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, partido político, federação ou coligação. O auxiliar deverá se identificar perante a mesa receptora de votos.

“Cidadania efetiva deve alcançar a todos, e isso requer medidas que promovam a acessibilidade das pessoas a tudo aquilo que as tornam cidadãs”, divulgou o TSE.

Urnas preparadas

Com o intuito de promover a inclusão e facilitar a votação de pessoas com deficiência auditiva, o TSE aprimorou os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022. Agora, todos os aparelhos preparados para o pleito de outubro contarão com tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as urnas eletrônicas preparadas para o pleito. Na filmagem, exibida na tela do aparelho, a tradutora indicará a eleitoras e eleitores qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente.

Para as pessoas com deficiência visual, além do sistema Braille e da identificação da tecla 5 nos teclados do aparelho, também são disponibilizados nas seções eleitorais fones de ouvido para que eleitores cegos ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato em voz sintetizada.

Direito ao voto

A professora Gisele de Oliveira Cuch, tradutora/intérprete de Libras em Paranaguá, falou sobre a importância da acessibilidade para pessoas surdas poderem exercer seu direito ao voto.

“Todos nós brasileiros, como cidadãos, temos direito a informação e não poderia ser diferente com as pessoas surdas brasileiras, mas para que a informação e a garantia do direito a uma escolha de voto, neste momento eleitoral aconteça, se faz necessário a acessibilidade linguística dada através do tradutor/intérprete de Libras, que atuando conforme seu código de ética passará todas as informações de forma fidedigna das proposições dos candidatos a: deputados federais, estaduais, governadores, senadores e presidentes da república do nosso Brasil”, disse Gisele.

Desta forma, a acessibilidade nas eleições conta como mais uma conquista da comunidade surda. “Sendo este um momento muito importante para o exercício da cidadania, a acessibilidade linguística garantida através de lei, para que se tenha o quadro com tradutores/intérpretes também podemos considerar um avanço na conquista de direitos dessa comunidade”, afirmou a professora.

Com informações do TSE

Em Paranaguá, 420 eleitores declararam algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida

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Em Paranaguá, 420 eleitores declararam algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida

Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.