Apesar de parecer um pouco distante da realidade de muitos brasileiros, o trabalho infantil é um dos problemas sociais que ainda marca o cenário da desigualdade no Brasil, principalmente nas áreas rurais e nos grandes centros. Os dados estatísticos revelam: 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil em atividades como agricultura, pecuária, comércio, domicílios, construção civil e até mesmo nas ruas.
Na maior parte dos registros, o trabalho infantil está associado à situação de vulnerabilidade econômica da família do menor. Quando se olha uma criança limpando o vidro de um carro para ganhar um “trocado” ou vendendo balas nas ruas, deve-se enxergar muito além da presença física desses menores nos espaços. É preciso questionar a origem e os motivos pelos quais meninos e meninas ainda precisem viver nessas condições.
O fato de uma criança trabalhar impacta negativamente em sua vida e seu desenvolvimento. Com o trabalho infantil, há a evasão escolar, traumas físicos e psicológicos e a perda da infância, que em muitos casos afeta na formação adulta do ser humano.
Hoje, inicia em todo o País uma campanha para conscientizar e sensibilizar a sociedade a respeito do tema. A iniciativa é organizada pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e realizada pela Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.
A campanha faz refletir também sobre os julgamentos de uma sociedade que aponta o dedo até para um menor, condenando-o por estar nas ruas, quando na verdade, ele é uma vítima de uma sociedade falida em políticas públicas relacionadas à área. Se falta emprego, renda, salário ou programas assistenciais, sobrará pessoas vivendo na miséria. Fica a reflexão.