conecte-se conosco

VIVA Paranaguá

Famílias de pescadores fazem a Festa da Tainha

Tradição é repassada através de gerações

Publicado

em

Paranaguá realiza, até 9 de julho, a 40.ª Festa da Tainha. O evento é tradicional, sendo colocado em prática pelas famílias de pescadores com apoio do Poder Público. O evento é estruturado e, desde 2010, passou a ser nacional, ganhando destaque nos roteiros gastronômicos que indicam as festividades brasileiras.

Mas nem sempre foi assim. Quem conta sobre o início do festejo são as famílias pioneiras do evento, provenientes das ilhas  ou de pescadores de Paranaguá. Dona Nadir Teodoro Dias, de 75 anos, mora na Ilha das Peças e participa da Festa da Tainha desde a primeira edição.

Ela recorda que no começo tudo era mais difícil. “A gente que fazia tudo, desde puxar a luz e carregar as madeiras para montar as barracas. O chão era de areia e não tinha divulgação. Todo mundo vinha assim mesmo porque a tainha era assada na folha de bananeira e ainda tinha uma fogueira grande. Hoje muita coisa é proibida. Mas o sabor ficou melhor, porque existem novos temperos e novas formas de fazer a tainha”, contou.

Atualmente, dona Nadir trabalha juntamente com a filha Ana Tereza Teodoro Dias, que está assumindo o comando da organização da barraca. “É uma tradição que passa de pai para filho, e assim vai porque nós aprendemos desde cedo os segredos para fazer uma boa tainha. No meu caso, a preferida pelas pessoas é a tainha espalmada (aberta). Eu faço um recheio diferente que todos os anos tem grande procura”, destacou.

Tereza contou que em dias de grande movimento é possível vender até 100 tainhas. “Fazemos à moda da casa e já temos um público fiel que aprecia nossos pratos”, complementou.

Na barraca ao lado, a expectativa também é grande por conta da família Andrade, da Vila Guarani. Dona Tereza Andrade, de 64 anos, sempre viveu da pesca e participa da Festa desde 1977. “No começo havia muito sacrifício porque nós, pescadores, que fazíamos tudo. A festa era erguida pela gente, não tinha nenhum apoio. Hoje tudo mudou, ficou melhor porque tem mais espaço e estrutura para receber as pessoas”, compara.

 


Família Andrade, da Vila Guarani, reúne três gerações

 

Dona Tereza trabalha ao lado dos filhos e netos. São 11 filhos que cresceram acompanhando o trabalho da pesca e sabendo dos segredos para fazer uma tainha saborosa. Para a família Andrade, a expectativa este ano é boa. Segundo Tereza, em dias de semana é possível vender de 20 a 30 tainhas no almoço e aos fins de semana se o tempo estiver bom esse número pode quadriplicar.

Publicidade






Em alta

plugins premium WordPress