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Verão

Cabeça d’água é um dos principais riscos em rios

Tenente alerta sobre os perigos e os cuidados que devem ser tomados com adultos e crianças

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Tomar banho em rios também é bastante comum no litoral paranaense. O fenômeno cabeça d’água é considerado pelo Corpo de Bombeiros como um dos principais riscos aos banhistas. No ano passado, foram registrados dois óbitos na cachoeira do Salto Fortuna, em Morretes, dois adolescentes, um de 16 e outro de 18 anos.

A 2.º tenente do Corpo de Bombeiros, Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, oficial de Comunicação Social da Operação Verão 2018/2019, frisou que os rios oferecem perigo aos banhistas mais desatentos.

“Os principais riscos de tomar banho em rios, como os que temos na nossa região, são as cabeças d’água, que é o aumento rápido e repentino do nível do rio devido a chuvas na cabeceira ou em trechos mais altos do seu percurso. Esse é o principal porque se trata de um aumento no fluxo de água em segundos e a pessoa que está se banhando pode ter dificuldades para sair”, afirmou Ana Paula.

O risco existe também para quem já está acostumado com os locais de banho. “Outro risco é a questão do formato dos rios, da composição feita por pedras e galhos soltos. Para quem não conhece a região e mesmo para aquelas pessoas que conhecem, há esse risco do aumento do fluxo de água e com pedras e troncos no entorno dos rios sofrem mudanças constantes. Há essa falta de previsibilidade, não sabemos se vamos encontrar pedras, galhos ou outra coisa que possa prender ou machucar quem esteja no rio”, destacou a tenente.

OCORRÊNCIAS

No ano passado, o Corpo de Bombeiros registrou dois óbitos na cachoeira do Salto Fortuna, em Morretes. Dois adolescentes, de 16 e 18 anos, se afogaram no local e não houve tempo hábil para salvamento.

Os cuidados recomendados para quem deseja se divertir nos rios da região é ficar atento aos sinais de cabeça d’água e sair rapidamente da água.

“Os sinais são mudança de coloração da água, aumento de volume. Percebendo alguma dessas alterações, saia o mais rápido da água, porque o aumento é muito rápido e pode pegar alguém desprevenido e acabar ocasionando grandes transtornos, inclusive óbito, dependendo do grau e capacidade da pessoa em sair da água”, disse Ana Paula.

Pular em rios também é um risco muito grande aos banhistas. “Às vezes as pessoas vão até um ponto mais alto na beira do rio ou em alguma ponte e têm essa tendência em pular de ponta, o que é um risco muito grave. Temos pedras no fundo, as quais se movimentam constantemente, além da profundidade. Por isso, pular de cabeça no rio pode ocasionar traumas muito severos, lesões na cervical e sequelas gravíssimas para a pessoa”, acrescentou Ana Paula.

RECOMENDAÇÕES

Para evitar acidentes, a oficial explicou que é preciso entrar com cuidado em rios para conhecer melhor o local e poder se divertir sem preocupação.

“A gente recomenda que não ingira bebida alcoólica antes de entrar na água, não só nos rios como no mar e em piscinas, porque pode perder a capacidade natatória, a pessoa acha que pode ir mais além do que realmente pode, e isso traz vários riscos”, disse Ana Paula.

Se o banhista verificar que começou a chover e há a presença de raios, o indicado é sair imediatamente da água e procurar um local abrigado em segurança. “Não podemos ficar embaixo de árvores, temos que procurar locais edificados ou mesmo dentro do carro com as janelas fechadas para ficar em segurança”, orientou a oficial. As crianças precisam de vigilância dos pais também nos banhos de rio.

O Corpo de Bombeiros atua durante toda a Operação Verão em 89 postos de Guarda-Vidas em todo o litoral. Além disso, existe um posto chamado de “tático móvel”, localizado nas imediações do Rio Nhundiaquara, em Morretes.

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