Valmir Gomes

Valmir Gomes

Caro leitor, respiro futebol há sete décadas mais ou menos. Neste período, vi muitas coisas decentes e indecentes...

REFLEXÃO SOBRE O FUTEBOL

Caro leitor, respiro futebol há sete décadas mais ou menos. Neste período, vi muitas coisas decentes e indecentes, no meio deste apaixonante esporte. Sou do tempo que o presidente e os diretores, na sua imensa maioria, tiravam dinheiro do seu próprio bolso para pagar as despesas do clube e do time. Pois bem, o tempo passou, o futebol se profissionalizou de tal maneira, que se bem administrado, um clube pode ter lucros no seu balanço anual. Vão colocar dúvidas sobre esta possibilidade? Claro que sim. Mas isto é uma longa discussão. A começar pela maneira como a maioria dos clubes está sendo administrada, após o evento da verba distribuída pela televisão a todos eles. Já diz o ditado, dinheiro que entra fácil, se gasta com facilidade. Houve uma superinflação de salários dos atletas, os técnicos super valorizados, acompanhada de inúmeros cargos até então inexistentes, aliado a isto, muitos intermediários se locupletam dos clubes. Um verdadeiro exército (de profissionais) toma conta da folha salarial. Nem falo dos desonestos, que são minoria, mas existem. Imagino um dia os clubes se reunindo para fazer uma reflexão sobre o futebol, pois como está vai ser difícil manter a solidez financeira. Falo principalmente, dos clubes da primeira e segunda divisão do campeonato brasileiro. Os outros vivem do amor dos dirigentes e torcedores, na verdade vivem de teimoso, como o nosso querido e centenário Rio Branco, orgulho do litoral paranaense.

 

RODADA

A bola rolou na capital e interior. Em Curitiba, o Atlético mais uma vez se deu bem contra o Paraná no "mata-mata", saiu na frente e, mesmo jogando mal, ganhou de 1 x 0, levando a vantagem do empate para o jogo da volta. Em Londrina, o J. Malucelli não tomou conhecimento do Tubarão, jogando uma bela partida meteu três nos donos da casa, com boa vantagem para o próximo fim de semana. Em Prudentópolis, o Cianorte confirmou sua boa fase, com direito a golaço do Léo Gago, fez 2 X 0 e colocou o pé na outra fase. Em Cascavel todos esperavam um jogo difícil para o Coritiba, porém não foi o ocorrido, os coxas meteram 5×0 na serpente, desperdiçado pênalti e tudo mais. Com esta vantagem, o time de Pachequinho praticamente passou para outra fase do campeonato. Só um milagre salva o Cascavel, e milagres não acontecem todos os dias.

 

TAPETÃO

Gente, quem gosta de tapetão é sala de rico, quando muito a cerimônia do Oscar, e ficamos por aí. Saibam que nas próximas horas não vamos falar dos artilheiros, nem dos goleiros, muito menos dos técnicos e suas estratégias, vamos falar muito do caso Getterson e suas encruzilhadas jurídicas, ou seja, o J. Malucelli será punido ou não? Se vivo fosse falaríamos muito do Dr. Domingos Moro, brilhante advogado esportivo, agora com algumas novidades falaremos do Dr. Paulo Schmidt, verdadeiro craque do assunto. Já li e reli quase tudo sobre o caso, como meus conhecimentos jurídicos são parcos, fui me aconselhar com dois brilhantes advogados. Deu empate, um garante que o J. Malucelli está coberto de razão, o outro chega a ironizar a causa, afirmando que o clube está completamente errado. Leigo como a maioria dos leitores, só me resta aguardar os acontecimentos futuros. Por intuição apenas por intuição, estou desconfiado de que o pior pode acontecer para o nosso campeonato. O jogo no tapetão não é só jurídico esportivo, a sala vira um fórum de diferenças políticas, de maneiras de pensar e agir, de filosofia de comando. Estejam preparados, o tapetão por vezes é justo e por vezes é cruel.


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Valmir Gomes

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