RESUMO DA ÓPERA
Domingo da cabine da rádio Ilha do Mel FM, ao lado de Valdir Braz, notei a ausência do público e o bom estado do gramado do Nelson Medrado Dias. Para minha alegria quando a bola rolou, a torcida tinha aumentado significativamente, o que prova o carinho dos parnanguaras com o Riobranquinho. Confesso que fiquei surpreso com a qualidade da narração do Cláudio Renato, já conhecia o ótimo Patrick, sinal que a equipe Bola na Rede tem dois excelentes narradores. Ainda nesta esteira o comentarista Sérgio do Carmo mostrou que entende do riscado. E o jogo Valmir? De propósito ainda não falei da partida, foi unilateral. O Rio Branco teve mais posse de bola, atacou e chutou mais a gol, além de maior volume de jogo! Com tudo isto a seu favor perdeu por 2 x1. Estava evitando falar dos erros individuais, que decretaram a derrota do time que jogou mais. Vamos aos fatos. Primeiro gol do J.Malucelli, erro individual do zagueiro Pedra, segundo gol, outro erro individual desta feita do goleiro Dalton. Assim não dá para ser feliz. Ainda com um agravante, nos dois lances a bola caiu no pé de quem sabe, o goleador Getersson do Jotinha e do campeonato. Lembrei de uma frase do Enio Andrade técnico campeoníssimo por onde passou. "Futebol é um esporte de acertos em cima dos erros do adversário" simples assim foi a vitória do J. Malucelli. Mais não digo porque não é preciso, este foi o resumo da ópera. Espero que esta derrota tenha sido pedagógica, pois o Rio Branco tem jogos decisivos pela frente.
UM VERDADEIRO MURO
A defesa do J. Malucelli esteve muito bem, Cristovam anulou todos que ousaram jogar pelo seu lado, na meiuca, Jatobá marcou e jogou com qualidade. No ataque Getterson foi decisivo, competência nos dois gols, porém na minha ótica ninguém jogou mais que o zagueiro Alex Fraga. Posicionamento perfeito, por cima ou por baixo impecável, um verdadeiro muro. Partidaço de Alex Fraga! No Rio Branco, muita determinação de todos, poucos destaques individuais, Raul outra vez jogou bem, Juan, Oberdan, Camargo, bom trio e ficamos por aí. O árbitro Selmo Pedro dos Santos teve um senão na partida, deixou de expulsar Tomás do J. Malucelli, que na sua frente agrediu Oberdan do Rio Branco. Não expulsou porque não quis.
MACUNAÍMA
Sempre digo o futebol imita a vida, faz parte da sociedade brasileira nas boas e más atitudes. Comumente o atleta de futebol simula um fato, para levar vantagem sobre seu colega de profissão. Se joga dentro da área cavando pênalti, em outro momento se diz agredido com gravidade! Fatos que as câmeras de televisão desmentem na hora. Outro dia o veterano zagueiro Alex Silva, agora jogando pelo Jorge Wilstermann da Bolívia a Libertadores da América, rasgou sua própria camisa para induzir o árbitro ao erro e expulsar o zagueiro Mina do Palmeiras. Menos mal que o experiente árbitro não caiu na armadilha. Para piorar a situação no final Alex Silva cantando vantagem disse aos repórteres. "Usei minha experiência. Rasguei minha própria camisa, eu me virei e rasguei minha camisa para falar que ele tinha rasgado", pobre Alex Silva o retrato do Macunaíma nosso herói sem caráter. Devia pagar a camisa e sofrer suspensão.
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