O que chamou a atenção dos moradores que acompanham o andamento da obra da Avenida Belmiro Sebastião Marques é a presença de postes de empresas de telefonia e energia elétrica que podem atrapalhar a acessibilidade a deficientes visuais e cadeirantes. O secretário municipal de Obras, Renan Amates, explica como fica esta situação e o que está realmente previsto para a obra, que tem previsão de ser finalizada em abril de 2017.
A assistente social Camila Valentim Schereder acredita que as obras foram mal projetadas. “Há postes no meio do caminho e isso não faz sentido. É um completo descaso. Além disso, o deficiente visual ainda tem que passar por cima de bueiros. Cadeirantes não terão condições de passar, pois há espaços muito pequenos”, disse. “Deveriam ter visto a viabilidade das coisas. E as leis de inclusão, onde ficam? E o direito de ir e vir?”, indagou Camila.
Outro ponto destacado por Camila é a maneira em que se encontra o trecho de ciclovia que já está pavimentado. “A ciclovia está desajustada e muitos ciclistas estão usando de forma errada. Alguns acham que a guia para deficiente é a ciclovia, não sabem que não está pronta ainda. Imagina um deficiente visual passando e os ciclistas no mesmo local?”, observou a assistente social.
Um trecho de ciclovia ainda precisa ser finalizado
Lusana Goreti Smanioto, que possui um comércio na via, aprovou a questão da acessibilidade e a obra como um todo, mas chamou a atenção para a ciclovia. “A única coisa que não achei legal foi a ciclovia. Fizeram de acordo com o relevo da calçada e não ficou reta. Acho que deveriam ter seguido o asfalto, mas ao todo ficou muito boa a via. Durante a obra teve um pouco de transtorno, porque para quem tem comércio, prejudicou. Sofremos muito com o pó, mas valeu a pena”, opinou a comerciante.
OBSTÁCULOS
Um dos itens que ainda precisam ser finalizados é um trecho de ciclovia que se inicia no Hospital João Paulo II e segue por mais algumas quadras. Além da colocação dos pontos de ônibus. O secretário municipal de Obras, Renan Felipe Amates, deu uma explicação quanto aos obstáculos que possam atrapalhar a mobilidade na via. “A obra não foi recebida pelo município, ela ainda está em andamento. Algumas pendências como os postes no meio do caminho ainda serão regularizadas, pois o serviço ainda não foi entregue. Após a entrega da obra serão tomadas as medidas cabíveis. Mas, temos que ver que quando se trata de órgão público há muita morosidade”, afirmou.
Prefeitura aguarda licença ambiental do IAP para remover árvores da via
Já nos locais onde há árvores no caminho, o secretário disse que é preciso aguardar uma licença ambiental do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para que elas possam ser derrubadas e liberar a passagem. Em alguns pontos, a guia para deficientes visuais contorna os postes. “Estas não serão alteradas. Neste caso, elas já estão no projeto”, frisou o secretário.