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Trabalho

Agência do Trabalhador recebe média de 300 pessoas por dia

Parnanguaras procuram a reinserção no mercado de trabalho

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Charles Manoel Brasil e Lidiane da Silva são casados e já possuem um filho. No entanto, a alegria de viver em família se mistura com o sentimento de tristeza por causa de um drama diário: o desemprego. Ambos estão à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho em Paranaguá, e cotidianamente vão até a Agência do Trabalhador para ver se as vagas ofertadas podem os levar a uma entrevista de emprego que resulte em ocupação profissional.

No entanto, há mais de um ano, as negativas para a conquista de um emprego são uma triste realidade para o casal. Na carteira profissional, Lidiane tem a experiência de vendedora de loja no comércio, já o esposo busca uma vaga para auxiliar de serviços gerais, principalmente em empresas do ramo portuário, onde ele já trabalhou no passado. “A vida sem emprego é um problema que não te permite ter uma boa noite de sono e nem uma vida de paz, pois temos um filho e precisamos assegurar a ele o sustento diário”, desabafou a mãe.

O jovem Charles, que tem como sobrenome Brasil, espera que o País volte a gerar empregos para a classe de desempregados, a qual, segundo os últimos dados do Governo Federal é de mais de 12 milhões de pessoas. “As portas precisam se abrir, pois a cabeça fica sem saber o que pensar quando as perspectivas de trabalho diminuem a cada 'não' que levamos”, comentou.

Segundo ele, para manter a família e o pagamento das contas da casa, o jeito é sair em busca dos chamados “bicos”, que são trabalhos esporádicos e que rendem algum dinheiro. “Sou servente e posso também capinar, não sou do tipo de pessoa que faz cara feia para o trabalho, pelo contrário, tenho muita disposição para o serviço, mesmo que braçal e puxado”, diz, elencando como sendo sua principal qualidade.

Por fim, Charles Brasil também desabafa e diz orar a Deus para que seu telefone toque, o quanto antes, tendo no outro lado da linha uma pessoa dando uma boa notícia. “Quero uma oportunidade de emprego para sustentar a minha família, mais nada”, finalizou.

Na Agência do Trabalhador, diariamente, mais de 300 pessoas consultam os papéis fixados na parede do órgão, onde estão as vagas existentes, na esperança de que ao menos uma delas se encaixe no perfil do candidato. Contudo, segundo o histórico da Agência, os maiores problemas que as pessoas encontram estão nas exigências para o preenchimento da vaga, como a experiência comprovada na carteira de trabalho, e quantidade de pessoas para a disputa da vaga.

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