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Segurança

Violência entre moradores em situação de rua chama a atenção da população 

Apesar de ser um caso isolado, assassinato de morador de rua, na terça-feira, 12, gerou alerta

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O assassinato a facada de um morador em situação de rua, ocorrido na noite de terça-feira, 12, nas proximidades do cruzamento da Rua Coronel Elísio Pereira com a Rua dos Expedicionários, no bairro Campo Grande, chamou a atenção da população para a realidade local. Apesar de ser um caso isolado no município, observa-se o crescente aumento da população em situação de rua em todo o Brasil, um retrato cruel da miséria social que se aprofunda em diversos ramos da sociedade, sendo considerada uma reação em cadeia que relaciona os altos índices de desemprego, rebaixamento salarial, uso de drogas e violência. 

Homem em situação de rua, que fazia malabares nos semáforos, foi assassinado na terça-feira, 12

OPINIÃO DE POPULARES

Para o vendedor Idair Correia, quando acontece este tipo de situação, as pessoas ficam assustadas. “Realmente é uma situação lamentável e difícil. Acredito que isto é uma questão de políticas públicas e que alguém deveria fazer algo para minimizar estas situações e, quem realmente estiver em uma situação de risco, que se providencie um internamento compulsório. É isso que realmente penso”, enfatiza Correia.     
A diarista Cristina Maria Grilo destaca que está faltando humanidade. “O ser humano não respeita mais a vida do outro. Eu acredito que para minimizar esta situação deveria haver emprego e colocação para todos, tiraria muitas pessoas desta situação de pedintes. Vemos uma situação muito difícil e polêmica, mais que precisa de uma solução”, enfatiza a diarista.   

VIOLÊNCIA NO SEMÁFORO

No final de 2018, o motorista Roberto Santana relata que ao parar no sinaleiro da Avenida Coronel Santa Rita, foi abordado por um homem, que tentou roubar sua carteira. “Após receber uma negativa quando solicitou dinheiro, o mesmo tentou pegar minha carteira que estava no banco do carro. Isso ressalta a importância de se saber realmente quem está ali, de se fazer um trabalho de assistência social eficiente, bem como de segurança pública. Por sorte nada aconteceu, pois estava com minha filha no banco de trás do veículo”, relata Santana.   
A acadêmica de Pedagogia, Ana Souza dos Santos, enfatiza que busca fazer a sua parte. “Acredito que independente da situação, temos que ajudar o próximo. Sei que muitos mentem para a gente que o dinheiro é para comprar algo, mais acaba utilizando para outra coisa. Mas, a nossa parte a gente faz, ajudamos e eles estão acabando com as próprias vidas. Acredito que se houver um trabalho em conjunto de todos os setores, isso poderá ser minimizado”, avalia Ana. 
Segundo um estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o “Texto para Discussão Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil” aponta que, em 2015, o País tinha 101.854 pessoas em situação de rua.

POLÍTICAS PÚBLICAS

O estudo alerta também para a necessidade de a população que vive nas ruas ser incorporada ao Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e, assim, obter acesso à transferência de renda e habitação, por exemplo. Apenas 47,1% da população de rua estimada estava cadastrada, segundo estudo.
 

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