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Segurança

Receita Federal apreendeu 7,5 toneladas de cocaína no Porto de Paranaguá em 2019

“Para o êxito destas operações foi fundamental o estudo do modus operandi dos criminosos e também a formação de uma rede de troca de informações com as demais autoridades dos portos nacionais e internacionais”, explica o delegado Gerson Faucz

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Delegado Gerson Faucz destaca que êxito nas apreensões possui relação com estruturação de equipe especializada

Em seis meses de atuação em 2019, a Receita Federal, através da Alfândega de Paranaguá, apreendeu uma quantia de mais de 7,5 toneladas de cocaína no Porto de Paranaguá. Segundo o delegado da Alfândega de Paranaguá, o auditor fiscal Gerson Zanetti Faucz, a quantia alta de apreensões se deve ao trabalho árduo dos agentes da Receita Federal e formação de uma equipe especializada em Paranaguá, com ações específicas contra o narcotráfico e uso de scanners de última geração na entrada e durante a permanência dos contêineres no terminal portuário local, identificando carregamentos da droga.

A última apreensão de cocaína aconteceu na sexta-feira, 5, quando equipe da Receita Federal flagrou 300 quilos de cocaína dentro de bolsas que caíram de um contêiner que estava sendo movimentado dentro do terminal de contêineres do Porto. Esta foi a 12.ª apreensão do entorpecente em 2019. Não há informações de em qual tipo de carga a droga estava escondida e para onde ela seria destinada.

Outra grande apreensão aconteceu no dia 26 de junho no terminal de contêineres, onde a Receita Federal apreendeu uma quantia de 562 quilos do entorpecente que seria destinada para a Holanda em um contêiner com amendoim. A operação foi realizada pela Seção de Vigilância Aduaneira da Alfândega (SAVIG) da Receita Federal do Porto de Paranaguá.

O caminhão que transportava o contêiner passou pelo scanner, equipamento usado na fiscalização, e os agentes detectaram algo de anormal entre as bolsas com o produto.

"MODUS OPERANDI"

Segundo o delegado Gerson Faucz, a formação de uma equipe especializada nas apreensões de drogas no terminal portuário foi algo aplicado pela Receita Federal em Paranaguá e em outras unidades do Brasil. "Isso possibilitou uma grande evolução no conhecimento e no desenvolvimento de ações voltadas para o combate ao narcotráfico. Para o êxito destas operações foi fundamental o estudo do 'modus operandi' dos criminosos e também a formação de uma rede de troca de informações com as demais autoridades dos portos nacionais e internacionais", explica.

Toneladas de cocaína apreendidas são provenientes do Peru, Bolívia e Colômbia, e entram no Brasil via terrestre e aérea e chegam ao Porto de Paranaguá pela BR-277

"As drogas apreendidas em Paranaguá (cocaína) são provenientes dos países andinos, entre eles Peru, Bolívia e Colômbia, e entram no Brasil via terrestre e aérea, depois percorrem nossas estradas e chegam ao Porto de Paranaguá pela BR-277. A droga entra no terminal de contêineres oculta em algum veículo e é inserida clandestinamente em um contêiner previamente escolhido pela quadrilha", detalha Faucz. Segundo o delegado, todas as informações disponíveis quanto à droga e ao crime de tráfico internacional são repassadas à Polícia Federal (PF) após a apreensão. "A PF prossegue com as investigações. Acreditamos que em breve teremos um desfecho para estes casos", destaca o delegado.

DESTINO DA DROGA

Segundo o balanço divulgado pela Receita Federal, os principais destinos da cocaína apreendida no Porto de Paranaguá são Bélgica, País para o qual seriam destinados sete carregamentos de cocaína que foram apreendidos em 2019 totalizando mais de 3,7 toneladas da droga, e Holanda, com quatro encomendas feitas por criminosos, as quais foram frustradas pela Receita Federal em apreensões que chegaram a cerca de três toneladas. Uma das cargas apreendidas seria destinada para a França no valor de 326 toneladas. Uma apreensão, de 144 quilos da droga, foi feita em fevereiro, porém a carga teria sido abandonada sem identificação do País de destino. A última operação contra o tráfico aconteceu na sexta-feira, 5, quando foram apreendidos 300 quilos do entorpecente, também sem informações de para onde a droga seria destinada.

Os traficantes estão utilizando diferentes formas de introdução da droga no terminal. O método "rip-on/rip-off" é o mais utilizado, o qual consiste em colocar a droga dentro do contêiner, sendo utilizado em 2019 junto a cargas de frango congelado, madeira, peças automotivas, a bordo do navio, bobinas de papel, amendoim e já a bordo do navio. Ao todo, 7.263 quilos de cocaína foram apreendidos até agora em 2019.

BALANÇO DAS APREENSÕES DE COCAÍNA EM PARANAGUÁ:

Sequencial

Data da Apreensão

Quantidade (quilos)

País de Destino

Observação

1.ª

4/1/2019

768,5

Bélgica

Rip-on/rip-off – carne de frango congelada

2.ª

25/1/2019

1.103

Holanda

ocultação em carga de madeiras (deck)

2.ª

28/1/2019

1.097

Holanda

deve ser contabilizada junto com a anterior, continuidade da apreensão, sendo total 2.200,00 Kg

3.ª

5/2/2019

451,5

Bélgica

Rip-on/rip-off – compensados de madeira

4.ª

27/2/2019

326

França

rip-on/rip-off – peças automotivas

5.ª

14/3/2019

144,5

Abandono

encontrada no pátio do TCP

6.ª

27/3/2019

274,5

Bélgica

rip-on/rip-off – a bordo do navio

7.ª

29/3/2019

473,5

Bélgica

rip-on/rip-off – carga de bobinas de celulose

8.ª

4/4/2019

1.204,5

Bélgica

ocultação em carga de compensados

9.ª

7/5/2019

554,0

Bélgica

RIP-on/rip-off –  Carga de bobinas de papel

10.ª

17/5/2019

304,0

Holanda

rip-on/rip-off –  carga de sucatas

11.ª

26/6/2019

562,0

Holanda

rip-on/rip-off –  sacas de amendoim

12.ª

5/07/2019

300,0

Incerta

 Encontrada ao lado de contêiner

 

Total 2019

7.563

   
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