Segurança

Litoral do Paraná teve 21 crianças desaparecidas no último ano

Polícia Civil afirma que todos os casos, registrados de julho de 2018 a julho de 2019, foram solucionados

O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil do Paraná, completou 24 anos com 100% dos casos do primeiro semestre deste ano solucionados. O litoral do Paraná teve 21 registros de desaparecimentos de julho de 2018 a julho de 2019, todos solucionados. No mesmo período, foram constatados em todo o Estado, 242 registros.

No primeiro semestre deste ano, foram comunicados 115 desaparecimentos no Estado, sendo 13 em Curitiba, 16 na Região Metropolitana e 86 no restante do Paraná. Os dados foram divulgados pelo órgão nesta semana.

De acordo com o Sicride, a maioria dos desaparecimentos envolve crianças com idade entre 9 e 11 anos, com 77 ocorrências, o equivalente a quase 67% do total registrado. Os dados apontam ainda que 66% dos desaparecimentos de 2019, ou seja, 76 casos, são de meninos.

A delegada-titular do Sicride, Patrícia Conceição Nobre Paz, afirmou que no litoral do Paraná essas características de idade e sexo permanecem as mesmas, com prevalência da faixa etária de 9 a 11 anos e, na maioria, meninos. “Na maioria dos desaparecimentos as crianças desaparecem nas proximidades de casa, muitas vezes a caminho da escola”, destacou Patrícia.

NÃO É PRECISO AGUARDAR 24 HORAS

Há um mito de que a família que notar o desaparecimento de alguma criança precisa aguardar 24 horas para comunicar a polícia. Segundo a delegada, essa informação é falsa e ao menor sinal de desaparecimento é essencial informar uma delegacia de Polícia Civil o mais rápido possível.

“É fundamental que ao primeiro sinal de que seu filho desapareceu, ou tão logo tome conhecimento, que seja registrado o boletim de ocorrência na delegacia de polícia mais próxima para que tenhamos de pronto a informação. Reforçamos que tão importante quanto informar o desaparecimento é comunicar a polícia caso a criança seja encontrada, para que possamos encerrar o trabalho e concentrar esforços em quem ainda está desaparecido”, esclareceu a delegada-titular do Sicride.

PROGRESSÃO DE IDADE

O projeto Progressão de Idade auxilia as investigações da delegacia e permite que a equipe, assim como a população, visualize a aparência atual da criança, mesmo que tenha se passado um longo período desde o desaparecimento. Para isso, são recolhidas as fotos das crianças e dos pais em várias idades. A progressão de idade é divulgada no site www.sicride.pr.gov.br.

Neste ano, um caso de criança desaparecida chamou a atenção no Distrito Federal. Uma mulher encontrou o filho perdido após 38 anos de busca. Em 1981, ela teve seu filho, recém-nascido, roubado na porta do hospital. O caso mostra que, mesmo depois de anos de busca, a Polícia não para com as investigações.

“As investigações não cessam até que a criança seja encontrada. Não importa quanto tempo passe. Temos um perito especialista em fazer progressão de idade. Neste ano já foram executadas cinco progressões. Estamos sempre trabalhando em todos os casos”, concluiu a delegada Patrícia.

Litoral do Paraná teve 21 crianças desaparecidas no último ano

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