Na sexta-feira, 24, o diretor do Hospital Regional do Litoral (HRL), Rodrigo Gomes da Silva, veio a público reafirmar que a unidade de saúde, gerida pelo Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), é pública e jamais exige qualquer tipo de transferência financeira por parte dos cidadãos atendidos. A casa hospitalar é o principal ponto de atendimentos médicos de Paranaguá e do litoral. O alerta veio após dois pacientes, nesta quinta-feira, 23, denunciarem à Ouvidoria do HRL que golpistas teriam entrado em contato por telefone com eles exigindo transferência ou depósitos de quantias em dinheiro para atendimento no Hospital Regional, algo que não procede e se configura crime de estelionato.
“Comunicamos à população que o Hospital Regional do Litoral não faz nenhum tipo de ligação pedindo transferência ou depósito para tratamento, exame, enfim, nunca exige qualquer tipo de movimentação financeira. A população que presenciar este tipo de situação deve procurar a Ouvidoria do HRL pelo telefone (41) 3420-7473, ou no site da Secretaria de Saúde, bem como a 1.ª Subdivisão Policial para registrar Boletim de Ocorrência (BO)”, informa o diretor Rodrigo Gomes da Silva.
Diretor do HRL, Rodrigo Gomes da Silva, destaca que este tipo de golpe tem se tornando rotineiro em hospitais públicos
O golpe, além de gerar prejuízo financeiro aos pacientes, pode afetar inclusive as condições psicológicas do paciente, que pode acreditar que seu atendimento só será feito se ele tiver dinheiro, algo que é totalmente falso.
“O caso foi descoberto após dois pacientes procurarem a ouvidoria do HRL, nos últimos seis meses não tinha havido nenhum fato registrado sobre isso”, explica o diretor.
Um comunicado foi fixado a todos os funcionários na área interna do HRL e aos pacientes na porta de acesso do hospital sobre os estelionatários em ação. “Reforçamos que não disponibilizamos informações por telefone sobre o estado de saúde dos pacientes internados nesta casa hospitalar”, afirma um trecho do comunicado. O golpe configura crime de estelionato, que se trata de uma infração penal envolvendo fraude, golpe, ou qualquer tipo de enganação de maneira ardilosa, para adquirir proveito financeiro ilícito, inclusive gerando pena de reclusão de um a cinco anos, segundo o artigo 171 do Código Penal.
“Infelizmente isto está acontecendo não somente em Paranaguá, como também em municípios de outros Estados. Isto tem se tornado uma prática bastante frequente. Reforçamos que o hospital é público e o atendimento é totalmente gratuito. A população pode e precisa denunciar se houver qualquer tipo de cobrança internamente”, finaliza o diretor da Casa Hospitalar.