Nilson Diniz destaca que ação prendeu seis homens e um adolescente envolvidos em homicídios, roubos e tráfico de drogas
Na última semana, a 1.ª Subdivisão Policial (1.ª SDP) da Polícia Civil do Paraná (PCPR) deu início à Operação Têmis em Paranaguá. A operação prendeu seis indivíduos, quatro deles acusados de autoria de homicídio, dois deles de tráfico de drogas, assim como um adolescente de 17 anos foi apreendido também acusado de tráfico de ato infracional análogo ao crime de tráfico de entorpecentes. Segundo o delegado-adjunto e operacional da 1.ª SDP, Nilson Diniz, o nome Têmis da operação possui relação com a deusa da Justiça na Mitologia Grega, algo reforçado com as contínuas ações da PCPR em Paranaguá que conseguiram reduzir consideravelmente a realização de “vazadas”, homicídios e tráfico de drogas no município.
Somente na última operação foram presos seis indivíduos: Valdemar Cardozo (33), Rafael de Morais Seixas (19), Gustavo Vieira (22), Liberato Karione Paixão Geraldo (30), autores de homicídios, e Luan Mendes da Luz (19) e Matheus de Lima Costa (23), presos em flagrante, em razão da prática do crime de tráfico de drogas. O adolescente O.F.V, foi também apreendido na tarde da quinta-feira, 23, em flagrante por ato infracional de tráfico de drogas.
“A Operação Têmis foi deflagrada justamente para reprimir estes crimes violentos que vêm ocorrendo em Paranaguá. Especificamente os homicídios, bem como roubos cometidos mediante uso de arma de fogo ou restrição de liberdade da vítima, sendo que a 1.ª SDP está atuando de forma rápida, célere e enérgica na repressão desses delitos que causam uma instabilidade muito grande na sociedade de Paranaguá”, afirma o delegado Nilson Diniz.
OPERAÇÃO AINDA ESTÁ OCORRENDO EM PARANAGUÁ
De acordo com o delegado, a Operação Têmis realizou importantes prisões de acusados de homicídios, roubos e de tráfico de drogas em Paranaguá. “Ainda estamos com a operação em curso, existem mais quatro mandados de prisão para serem cumpridos, um, em especial, do Alessandro Ferreira Alves, que é o coordenador da execução do sequestro do caminhoneiro ocorrido no sábado, 18. É um indivíduo que possui grande periculosidade, ele arquitetou todo o plano, obviamente ele não está sozinho nisso, mas é o coordenador da execução, levou a vítima para o cativeiro, a manteve em sua posse até a chegada da Polícia Militar e Guarda Civil Municipal”, explica Diniz, ressaltando que o procurado Alessandro Alves é acusado de envolvimento na abertura de bicas de caminhões na entrada de Paranaguá.
“Ele é o maior responsável pelas vazadas do município, é o executor e angaria os adolescentes da região da Vila São Jorge para praticar infração penal junto com ele. Ou seja, é uma pessoa que está desvirtuando toda uma comunidade, criando uma verdadeira economia paralela na Vila São Jorge na comercialização desta vazada. É uma pessoa que precisa ser capturada, pois em liberdade ela oferece risco constante à sociedade”, afirma o delegado da PC.
REDUÇÃO NO NÚMERO DE HOMICÍDIOS
“A operação de repressão a crimes violentos em Paranaguá já virou rotina aqui na 1.ª SDP. O reflexo disso é uma redução absurda no número dos homicídios de 2018 para 2019 em 60%, é um índice maior do que o satisfatório. São vidas que estão sendo preservadas e pessoas que estão sendo encarceradas, as quais se estivessem soltas estariam continuando a praticar homicídios. Eles se intitulam justiceiros, são pessoas faccionadas envolvidas com organizações criminosas, indivíduos de extrema periculosidade que praticam os crimes com uma violência exacerbada”, acrescenta Diniz.
Operação Têmis segue ocorrendo e busca foragidos, entre eles o autor de sequestro de caminhoneiros e maior autor de “vazadas” em Paranaguá
MIGRAÇÃO DE CRIMES DE “VAZADAS” PARA CRIMES DE CÁRCERE PRIVADO E SEQUESTRO
Segundo o delegado, ocorreu também uma redução drástica das “vazadas” em Paranaguá, fazendo com que criminosos migrassem para realização de crimes de cárcere privado e sequestro. “Quando você reprime certa espécie de crime, você acaba impondo a esses marginais uma migração para outro tipo de crime. Eles não trabalham, não possuem forma de subsistência. São delinquentes habituais que fazem da atividade ilícita o seu meio de vida. A partir do momento que a PC, PM e GCM passaram a prevenir e reprimir os crimes de vazadas, esses autores migraram para outra espécie delitiva mais violenta que é o roubo circunstanciado pela restrição da liberdade”, detalha.
De acordo com ele, recentemente ocorreram dois sequestros de caminhoneiros em Paranaguá, os quais geraram uma grande intranquilidade. “Isso porque o município tem como sua atividade principal a operacionalização da carga do Porto. Então é imprescindível que a Polícia Civil, junto com a PM e GCM, realize, de fato, uma repressão enérgica a este tipo de crime e é o que tem sido feito. O primeiro sequestro teve todos os autores presos, no segundo, já no sábado, 18, houve o encarceramento de três pessoas, quando foi expedido mandado de prisão preventiva do Alessandro, que é um sujeito de extrema periculosidade e está foragido da Justiça”, explica, ressaltando que ele não está na região da Vila São Jorge atualmente.
AJUDA ANÔNIMA DA POPULAÇÃO
“A população possui um papel de muita importância na localização deste marginal, temos canais de comunicação pelos quais podem ser repassadas as informações de forma anônima sobre os foragidos. Temos o serviço 197 de denúncias anônimas da Polícia Civil, o canal 181 de Narcodenúncia e, em especial, o WhatsApp da Polícia Civil que é o (41) 3420-3600. Quem tiver alguma informação dos foragidos pode passar para a gente, que as nossas equipes ainda se encontram nas ruas para cumprir outros quatro mandados de prisão”, finaliza o delegado-adjunto e operacional da 1.ª SDP, Nilson Diniz.