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Segurança

Autoridades comentam estudo que inclui litoral no ranking de homicídios no Brasil

Comandantes do 9.º BPM e da GCM de Paranaguá destacam ações efetivas contra a criminalidade

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Nesta semana, o portal nacional G1, pertencente à Rede Globo, divulgou um estudo aprofundado nomeado de “Uma semana de mortes violentas no Brasil”, no qual, com base nos registros policiais de crimes contra a vida, colocou neste ranking o litoral do Paraná que, somente na época da realização do estudo, no período de 21 a 27 de agosto de 2017, registrou cinco homicídios na região, dois em Paranaguá, dois em Matinhos e um em Guaratuba. A Folha do Litoral News entrou em contato com os órgãos de segurança locais, que comentaram os dados e ações efetivas para redução de homicídios em Paranaguá e litoral.

Segundo o estudo do portal da Globo, no período em questão foram registrados dois homicídios em Paranaguá: de Ozias de Assunção Camilo, de 21 anos, encontrado no dia 25 de agosto morto com sinais de espancamento, e de Luiz Gustavo Pereira de Santos, de 19 anos, assassinado por arma de fogo no dia 26. Além disso, dois homicídios foram registrados em Matinhos, um do homem de 50 anos, Lacerdo José Crisanto, morto a tiros no dia 23 de agosto, e outro de vítima não identificada, a qual foi encontrada morta no dia 24 do período em questão. O crime contra a vida registrado em Guaratuba foi de Maria de Fátima Bressan, de 54 anos, encontrada morta com pulsos amarrados no dia 23 de agosto.

O 9.º Batalhão da Polícia Militar (9.º BPM), que possui jurisdição em todo o litoral, através do seu Comandante tenente-coronel Rui Noé Barroso Torres, destacou que são em locais com maior incidência de homicídio que possuem aplicação do policiamento de forma mais incisiva e com maior permanência, situação repetida em locais com mais casos de roubo e furto na região. “Isso não quer dizer que o crime já consumado deixe de ser atendido, continuamos provendo a ação pós-delito, em que apostamos para diminuição dos índices na ferramenta do geoprocessamento da PMPR, que concede informações precisas. Assim, torna-se possível prover ações e operações nos locais de maior incidência no sentido de prevenção, evitando que se acione o telefone 190 para maximizar a sensação de segurança na sociedade e para diminuição destas estatísticas”, explica.

Em Paranaguá, um dos municípios com maiores índices de homicídios da região, o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Leônidas Martins Júnior, destacou que, infelizmente, tem se notado um aumento no índice de homicídios no município, no entanto, a tendência é que ocorra a redução destes números pelo investimento pesado da prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança Municipal (Semseg), na GCM e na segurança pública. “Nesta semana, inclusive, apresentaremos quatro novas viaturas para a Guarda Civil, aumentando o policiamento e as rondas efetivamente em todos os bairros”, explica. Além disso, Martins destaca que as ações integradas no município terão um aumento, em parceria da GCM com a PMPR.

 

BOLETIM DE OCORRÊNCIA E A SEGURANÇA PÚBLICA

“A estatística, não só de crimes contra a vida, como também de patrimônio, com roubo e furto, é um trabalho de inteligência realizado continuamente pelos nossos policiais através de estatística de geoprocessamento, onde são repassadas informações de ocorrências por local, horário e data, mobilizando nosso efetivo para trabalhar de acordo com estas estatísticas”, destaca o comandante do 9.º BPM. Segundo ele, é essencial que os cidadãos registrem os boletins de ocorrência (BOs), que alimentam o geoprocessamento e estatísticas da PMPR. “Muitas vezes há informações que não são registradas no nosso sistema, pelo fato de, infelizmente, muitos cidadãos não protocolarem seus BOs, por no momento da ocorrência muitas vítimas estarem apreensivas, nervosas, desistindo de ir à Delegacia ou ligar ao 190 para confecção do boletim. Este BO não sendo registrado acaba fazendo com que o fato não exista dentro do geoprocessamento”, explica.

“Muitas vezes, a Polícia Militar aborda cidadãos mal-intencionados e encontra em poder deles objetos furtados ou roubados, como não houve registro de ocorrência, a PM não consegue dar encaminhamento à situação. Existe o objeto de origem duvidosa, mas sem registro não há vítima e se prejudica a possibilidade dele reaver o objeto, ficando o fruto de roubo retido na Delegacia. Além disso, como não há registro de vítima, ele não pode ser processado e fica sem ser responsabilizado”, finaliza o comandante da PM do Litoral.

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