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Drag queen há mais de 20 anos diz que ‘estudar é fundamental’

O encanto pelo mundo feminino fez com que o curitibano André Luis Tutes de Oliveira, de 42 anos, desse vida a Brigitte Beaulieu (pronuncia-se "Boliê") ainda na adolescência. Com a maturidade, a brincadeira virou profissão. Hoje, a drag é sua principal fonte de renda…

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O encanto pelo mundo feminino fez com que o curitibano André Luis Tutes de Oliveira, de 42 anos, desse vida a Brigitte Beaulieu (pronuncia-se "Boliê") ainda na adolescência. Com a maturidade, a brincadeira virou profissão. Hoje, a drag é sua principal fonte de renda. "É uma forma de arte e, para não ser só mais uma no meio, estudar é fundamental", diz.

Brigitte – que faz seus próprios penteados, maquiagens, roupas e até bijuterias – vive de eventos em Curitiba: se apresenta em shows, casamentos, chás de panela, formaturas, aniversários e outros.

"Tudo começou com uma apresentação em Maringá, no norte do Paraná. Eu tinha 17 anos e uns amigos queriam montar um bar gay parecido com os das capitais", lembra. Então, conta André, eles sugeriram que ele se vestisse de mulher e dublasse músicas no palco.

Nesse dia, nasceu Brigitte Beaulieu. "Um amigo meu sugeriu o nome Brigitte e eu gostei. Achei forte. Já o sobrenome me inspirei em Priscilla Ann Wagner Beaulieu. Ela era modelo, escritora, atriz… e esposa de Elvis! Sempre gostei das divas de Hollywood, do rock dos anos 50", conta. Ainda segundo André, a numerologia apontou sorte para o nome.

De lá para cá, as apresentações não pararam e se tornaram mais frequentes. "Invisto muito, quase R$ 300 por mês. É muita maquiagem, muitas roupas, muitos sapatos, muitas joias, muitas perucas… compro muita coisa para a Brigitte e pouca para o André! Estou sempre cuidando dela. O retorno que tenho é suficiente para viver, mas ainda acho pouco para todo o trabalho", relata.

Entretanto, a aposentadoria de Brigitte Beaulieu está próxima, anuncia André. "É hora de novos desafios. Ainda não sei a que vou me dedicar. Tenho vivido 24 horas em função da Brigitte. O tempo passou e não quero me transformar em um palhaço gay idoso. É preciso saber quando parar", acredita.

Enquanto se despede, aos poucos, de sua criação, André diz que tem certeza de uma coisa: que a drag queen fez com que ele mudasse para melhor. "A Brigitte é vaidosa, é a perua chique. É carismática, simpática. Não tenho nem como explicar o quanto ela melhorou a minha timidez. Ela me permitiu conhecer mais as pessoas e ser feliz", acredita.

Fonte – portal Globo.com

 

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