As obras no Santuário de Nossa Senhora do Rocio seguem em ritmo acelerado para que as melhorias sejam entregues antes do início da Festa, que começa no dia 4 de novembro. Até lá, as equipes estão em fase de conclusão das intervenções de restauro, pintura e limpeza de telhados e paredes.
A intenção é deixar o prédio histórico com características semelhantes ao original, como incentivo à cultura e história presentes na região. Com a ajuda de um especialista em restauração, será possível devolver ao local a sua cor original de 1920, data de sua inauguração.
Segundo o reitor do santuário, padre Joaquim Parron, os serviços estão adiantados devido ao extenso período sem chuva.
“Foi feita a restauração do telhado, a limpeza e boa parte está pintada, voltando à coloração antiga. Meu sonho era ter o telhado de telhas de barro, como era originalmente. Quando o arquiteto fez o projeto, disse que não precisaria trocar, já que tinha uma maneira de coloração que voltaria à estética original. Desta forma, fizemos a restauração para aproveitarmos o material que temos”, explicou.
A pintura da torre já está quase concluída, restam apenas alguns retoques e a finalização da parte inferior. A previsão de entrega dos serviços de restauro, pintura e limpeza é para 30 de outubro, antes da abertura da Festa de Nossa Senhora do Rocio, que acontece de 4 a 19 de novembro.
Teste de cores foi realizado para chegar o mais próximo das cores originais
MANUTENÇÃO DO ESPAÇO
No entanto, após a festividade, no mês de janeiro, a reforma será retomada, desta vez no interior da igreja. “Faremos uma reforma geral por dentro por mais de um ano. Precisamos trocar alguns itens, renovar as vigas etc. Essas construções antigas precisam de uma manutenção sequencial e agora está na hora, principalmente pela quantidade de visitantes que temos recebido, os quais precisam de segurança acima de tudo”, frisou o padre Parron.
O salão da secretaria também passará por intervenções. “A obra está orçada em R$ 249 mil, como recebemos agora o orçamento”, completou o padre. Os recursos para a manutenção dos espaços são oriundos dos fiéis, pois o Estado e o município não podem contribuir com as despesas. “O Estado é laico, por isso toda a contribuição vem dos devotos de Nossa Senhora do Rocio”, disse o reitor.
Recentemente, foi realizada uma audiência pública em Paranaguá com representantes do Santuário, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério Público e de uma empresa que irá se instalar nas proximidades da igreja. “O Iphan exigiu que a empresa que está se instalando faça uma parceria com o Santuário para que possamos manter o prédio histórico. Depois que passar a funcionar, eles irão colaborar com a manutenção da igreja, que é cara e precisa de um investimento”, enfatizou Joaquim Parron.
