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Polícia

Taxa de homicídios cai 14,3% no Paraná e 21% no Litoral

Informação foi divulgada no site da Polícia Civil do Paraná

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Os três primeiros meses de 2017 registraram o menor número de homicídios dolosos (com intenção de matar) dos últimos 10 anos em Curitiba e na Região Metropolitana. Na capital do Estado, a queda chegou a 31,5% no índice, registrando 100 mortes, enquanto na RMC houve 127 mortes, o que corresponde à queda de -29%, quando comparado com o primeiro trimestre de 2016. Nas cidades do Litoral, a redução foi de 21% em comparação com o ano anterior.

De acordo com a informação, divulgada no site da Polícia Civil do Paraná, Curitiba e Região Metropolitana concentram aproximadamente 40% do total de casos de homicídios dolosos registrados no Estado. Desta forma, o número desses crimes também caiu no Paraná. Com 98 mortes a menos, o Estado teve redução de 14,35% nos homicídios dolosos neste primeiro trimestre de 2017. A comparação é com o mesmo período de 2016, quando ocorreram 683 assassinatos, de acordo com os dados oficiais divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária.

“As Polícias Civil e Militar do Paraná têm trabalhado de forma incansável para reduzir a incidência criminal em nosso Estado. Tivemos ao longo de 2016 investimentos essenciais, feitos pelo governador Beto Richa, que já estão impactando diretamente na redução dos homicídios”, explicou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.

Só no ano passado, o Governo do Paraná contratou 3 mil novos homens que reforçaram a segurança nas ruas em todo o Estado. Desde 2011, o Governo do Paraná contratou mais de 10,8 mil policiais e adquiriu mais de 3,5 mil viaturas – além da locação de outros 250 veículos.

Para o delegado-titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fabio Amaro, entre os fatores que contribuíram para a queda expressiva de assassinatos na capital estão a reativação do Disque-Denúncia e as operações conjuntas entre as polícias Civil e Militar nos locais com maior incidência de homicídios.

“Uma série de fatores influenciou nesse resultado. Um dos mais significativos seria a reativação do Disque-Denúncias, que tem trazido uma grande soma de informações de homicídios para que a DHPP consiga trabalhá-las e chegar à autoria dos crimes. Outro fator importante foi o aumento significativo do número de prisões de homicidas, diminuindo a sensação de impunidade, uma vez que quase sempre são as mesmas pessoas nos bairros, nas regiões que praticam esses crimes e, elas sendo presas, obviamente se diminui o número de ocorrências”, explicou o delegado Fabio Amaro.

“Outra contribuição são as operações conjuntas da Polícia Civil com a Polícia Militar em locais com maior incidência de homicídios”, completou Amaro, citando que só nestes primeiros três meses de 2017, 29 suspeitos de assassinato foram presos pela DHPP.

 

REDUÇÕES

 

Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp) nas quais o Estado é dividido para fins de análise, 13 apresentaram diminuição – expressiva – no número de homicídios nos primeiros três meses de 2017. Além de Curitiba, RMC e Litoral, no interior o índice de assassinatos caiu nas mais diversas regiões. Na de Foz do Iguaçu, a queda chegou a 40%; na região de Francisco Beltrão, a 37,5% e, no Litoral, a 21%.

“Desde que o governo Beto Richa se iniciou, em 2011, houve uma preocupação na atuação de repressão aos crimes de homicídios. Então foi criada a DHPP ,em 2014, algumas delegacias especializadas de homicídios no interior, além da integração do trabalho da Polícia Civil com a Polícia Militar. Agora estamos colhendo os frutos que é essa forte redução dos crimes contra a vida em Curitiba, na região metropolitana e no Paraná”, afirmou o delegado geral da Polícia Civil, Júlio Cezar dos Reis.

Reduções similares também ocorreram, por exemplo, nas regiões de Londrina (-16%), Umuarama (-24%) e Paranavaí (-17%), conforme aponta o relatório de crimes relativos a mortes produzido pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Segurança Pública. Já regiões como Campo Mourão e Maringá tiveram aumento no índice, de 36% e 21%, respectivamente.

“O resultado deste primeiro trimestre de 2017 é uma resposta ao ano passado, que teve um leve acréscimo de 2% no número de homicídios em todo o Estado”, comparou Mesquita. O número acumulado de vítimas de homicídios em todo o Estado foi de mais 2,48% em 2016, se comparado a 2015. O ano passado, contudo, fechou já com uma redução considerável nos dados, graças à forte estratégia de segurança em todo o Paraná. Foram 44 mortos a menos em dezembro de 2016 – o que corresponde a redução de 19,13% em relação ao mês de dezembro de 2015.

“Em janeiro de 2016 tivemos, infelizmente, uma série de mortes na cidade de Londrina, que contribuiu para este aumento no índice de homicídios. Foi uma situação pontual, tanto é que neste primeiro trimestre de 2017 os dados já revelam uma redução na ordem de 15,6%”, afirmou Mesquita.

 

CRIMES PATRIMONIAIS

 

Outro foco da segurança pública em 2016 foi o combate aos crimes patrimoniais – furtos e roubos. Este índice criminal aumentou em praticamente todos os estados do país – alguns deles registrando acréscimo superior a 50%.

“O ano de 2016 foi atípico para a área da segurança pública, muito por conta do clima de instabilidade do país e pela grave crise financeira, com reflexos em todos os estados da federação”, analisa Mesquita. “O reflexo da crise, associado com um contingente de R$ 13 milhões de desempregados, provocou aumento dos crimes patrimoniais (furtos e roubos). Deflagramos então a ‘Operação Impacto’, entre demais atividades planejadas, para frear esta atividade criminosa”, relembrou o secretário.

A “Operação Impacto” foi deflagrada em 2016 pela Sesp reunindo todas as forças de segurança do Estado. Houve um o reforço de cerca de 800 policiais e 200 novas viaturas locadas somente nas ruas de Curitiba e região metropolitana. “Nós avaliamos, monitoramos os dados e atuamos de forma muito firme para reduzir esses índices, com grandes esforços e direcionando nossos recursos – humanos e materiais – para atividades e operações específicas”, explica Mesquita.

“Diante do resultado positivo da Impacto, que ajudou de forma determinante a frear os casos de furtos e roubos, vamos ampliar o contrato de locação das viaturas da Polícia Militar para o interior do Estado. Os veículos serão distribuídos conforme o mapa criminal”, adiantou o secretário da Segurança. A maior presença policial na rua foi determinante para frear os furtos e roubos no Paraná em 2016 – que fechou com acréscimo de 9% em relação a 2015.

Desde meados do ano passado, a corporação tem utilizado novas viaturas policiais, as quais foram locados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e no início deste ano começaram a ser aplicados no policiamento os novos soldados firmados em janeiro, e contratados pelo Governo do Estado. 

Diuturnamente são feitas as rondas com motocicletas, viaturas, com embarcações e também a pé, em locais e horários pré-definidos pelo mapa do crime, para prevenir a criminalidade e contribuir com a redução dos índices estatísticos. As ações são feitas em parceria também com outras forças de Segurança Pública.

 

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