Uma quadrilha especializada na venda de cocaína para caminhoneiros foi desarticulada na quarta-feira, 24, durante a operação Têmis, deflagrada pela Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) da Polícia Civil do Paraná. Conforme informações divulgadas pela Agência Estadual de Notícias, dez pessoas foram presas preventivamente e uma está foragida. Ao todo, foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão.
Durante cinco meses de investigação, os policiais da Denarc monitoraram a ação desta organização criminosa, resultando na apreensão de sete armas, cerca de dois quilos de cocaína, 100 munições e cinco balanças de precisão, além de R$ 100 mil. Foram apreendidos ainda oito veículos utilizados pelos criminosos para distribuição de droga. A operação aconteceu em Curitiba e na Região Metropolitana.
“Aplicamos todas as técnicas policiais possíveis para desarticular essa quadrilha, provando mais uma vez que ao combater o tráfico de drogas nós estamos combatendo crimes patrimoniais (furtos, roubos e receptação) e crimes contra a vida, além de manter a paz nas estradas”, afirmou o secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. O secretário defendeu ainda a necessidade de aplicação de um narcoteste a motoristas profissionais nas estradas.
DISQUE-COCAÍNA
A quadrilha agia principalmente em postos de gasolina, onde motoristas de caminhão costumam pernoitar, e na beira das estradas que cortam o País. Os criminosos montaram um disque-cocaína, com linhas telefônicas exclusivas para atender os caminhoneiros. De acordo com as investigações, a quadrilha vendia até 100 buchas de cocaína, chegando a arrecadar cerca de R$ 10 mil por dia.
O esquema funcionava assim: os caminhoneiros ligavam para os traficantes, pediam a cocaína e informavam onde estavam parados – normalmente em postos e na beira da estrada. Os criminosos então se deslocavam até o local indicado pelos motoristas e rapidamente faziam a transação.
“A ação da Denarc mais uma vez tirou de circulação dezenas de pessoas que colocavam em risco a vida de muitas pessoas, por vender drogas para profissionais da estrada”, ressalta o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Reis.