A Polícia Civil de Paranaguá encerrou, na terça-feira, 6, a terceira fase da Operação Vitae, realizada com o objetivo de diminuir o índice de crimes contra a vida na cidade. A ação, que teve início na sexta-feira, 2, foi finalizada com a prisão de sete homens acusados de crimes de homicídio e um por estupro.
De acordo com o delegado Ítalo Cesar Sêga, chefe da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, as prisões seguem a orientação da Secretaria Estadual de Segurança Pública, no sentido de que se dê prioridade aos crimes que resultam em mortes. “Com essas prisões realizadas hoje (sexta-feira) continua a tendência bastante positiva das elucidações dos homicídios cometidos na cidade. São mais três suspeitos deste tipo de crime e outro acusado de estupro presos nesta data, somando um total de oito pessoas presas na última fase da operação”, destacou.
Segundo Sêga, todos os presos têm passagens pela polícia. “E não temos dúvida do cometimento de outros crimes, além desses pelos quais foram decretadas as prisões. Então, temos convicção de que os índices criminais diminuirão com a prisão destes indivíduos. Trata-se realmente de uma ação bastante positiva do nosso Grupo de Diligências Especiais (GDE) e do nosso setor de homicídios”, ressaltou.
CRIMES
O delegado-adjunto da 1.ª SDP, Nilson Santos Diniz, que comandou as investigações, destacou que nesta fase da operação foram capturados os autores de três homicídios, dois deles registrados no Jardim Iguaçu. O outro homicídio foi o de Luana Mello da Silva, de 16 anos, assassinada no dia 30 de janeiro na Vila dos Comerciários. A menor teve o corpo incendiado com pneus na Vila São Jorge.
Por este crime foram presos Augusto Cesar Alves de Souza, de 21 anos; Marcio Lopes Martins, 22; Alex Sandro Costa, 22; e Adilson Lopes Martins, de 28. “Eles tiveram a prisão decretada com base nos elementos que foram coletados durante as investigações e que trouxeram aos autos do inquérito uma probabilidade muito grande que de fato tenham sido os autores deste crime”, ressaltou Nilson.
O delegado informou que, em decorrência desta prisão, as investigações vão continuar para se coletar mais elementos de informação para que se possa de fato propiciar, a responsabilização dos envolvidos no final do processo. “Eles foram reinquiridos em interrogatório complementar, pois três deles já haviam sido ouvidos na 1.ª Subdivisão, e vários pontos de contradição existiram entre os depoimentos e apenas um dos autores não havia sido ouvido. Hoje (sexta-feira), foi oportunizado a ele que desse sua versão do fato, mas ele manifestou sua intenção de se pronunciar somente em juízo e isso foi respeitado”, completou Diniz.
Os outros presos são Alessandro Pimenta de Oliveira, de 19 anos, acusado da autoria da morte de Kelvin da Silva Cabral, ocorrida no dia 13 de junho, no Jardim Iguaçu; Leandro Rodrigues da Silva, 31, e Dionízio Gonçalves dos Santos, de 18 anos, acusados de matar Edson Luiz Maia Gonçalves Junior no dia 17 de agosto e também Maycon de Andrade Pinheiro, de 20 anos, que foi morto a facadas na sexta-feira, 2.
Durante as diligências, também foi preso Vagner da Rosa Maurício, de 24 anos, acusado de estupro. Segundo Diniz, ao ser abordado, o detido estava portando uma faca e a população informou que ele também seria suspeito da prática de roubos na cidade.
DENÚNCIAS
O delegado destacou que a participação da comunidade foi importante, pois possibilitou a prisão dos suspeitos através de informações repassadas pelo sistema de denúncia anônima 197 e também pelo telefone da própria delegacia, o (41) 3420-3600. “Tem que se salientar que logo após o homicídio ocorrido na madrugada de sexta-feira, já começaram a chegar, por meio do 197, as denúncias a cerca de quem seriam os autores e isso contribuiu imensamente para que fosse iniciada uma investigação de qualidade. Em breve, esses indivíduos, que praticaram aquela ação penal, serão responsabilizados pelo fato”, ressaltou.
Segundo Diniz, nas três fases da Operação Vitae foi realizada a captura de mais de 20 autores de homicídio. “Isso, aliado às capturas relacionadas ao tráfico de drogas, totaliza aproximadamente 50 delinquentes fora das ruas, fora da criminalidade. Isso demonstra que a Polícia Civil está dando uma resposta imediata aos crimes graves e esta operação vai continuar até que os índices realmente sejam reduzidos a um patamar satisfatório. O objetivo da 1.ª Subdivisão Policial hoje é não fazer com que essa sensação de impunidade permaneça durante muito tempo”, finalizou.