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Polícia Civil prende “casal do tráfico” em Paranaguá

Oscar Sidney Santos e Mattos e Vanessa Ysla Cordeiro Kaiser foram presos em “banca” de venda de cocaína

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Uma ação de inteligência com investigadores da 1.ª Subdivisão Policial (1.ª SDP) de Paranaguá da Polícia Civil possibilitou a prisão em flagrante do casal Oscar Sidney Santos de Mattos, conhecido como "Tazo", de 52 anos, e sua esposa Vanessa Ysla Cordeiro Kaiser, de 23, em plena madrugada do domingo, 26. Após denúncias anônimas, a operação aconteceu na residência do casal que era também ponto de venda de drogas no Conjunto Nilson Neves, na Rua Chico Mendes, onde os investigadores conseguiram prender em flagrante o casal por prática de crimes de tráfico de drogas, posse de arma de fogo de uso proibido, associação ilícita para o tráfico e receptação. De acordo com o delegado-adjunto da 1.ª SDP, Nilson Diniz, o casal levava uma vida de ostentação com os lucros ilícitos do tráfico, algo confirmado pela posse de dois carros de luxo e pelas redes sociais do casal.

 

 

De acordo com a Polícia Civil, uma força-tarefa foi montada com investigadores após recebimento de denúncias anônimas durante a noite do sábado, 25, e a madrugada de domingo, 26. A equipe se dirigiu à residência do casal e constatou o flagrante após ver Vanessa vendendo cocaína a um usuário no ponto de vendas no Nilson Neves. Oscar se dirigiu ao local para abastecer de drogas a "banca", porém ao chegar foi abordado pelos policiais que encontraram com ele 44 buchas de cocaína. Além disso, R$ 2,1 mil fracionado, bem como arma de fogo calibre 38 e um simulacro foram apreendidos de posse no casal, confirmando que o casal tinha no tráfico a principal forma de renda ilícita, inclusive com alto fluxo de clientes usuários no local da operação.

"A Polícia Civil vem focando a repressão do tráfico de entorpecentes em Paranaguá e em todas as cidades litorâneas, porque sabemos que 95% dos crimes violentos possuem relação direta com o tráfico de drogas. Este sujeito, o Oscar, nós já estávamos recebendo denúncias anônimas de que ele estava realizando a venda de drogas, inclusive durante o exercício da sua função de estivador, isto já despertou o foco da atenção da 1.ª SDP para ele. Destacamos então uma equipe justamente para apurar a veracidade destas informações", explica Diniz.

TRAFICANTE

Segundo o delegado-adjunto, na madrugada do sábado para o domingo a Polícia Civil recebeu a informação de que ele estaria traficando enquanto exercia a sua função de estivador. "Ele estaria se dirigindo para a sua residência a fim de abastecer o ponto de venda de drogas, que naquele momento estava sendo coordenado pela sua companheira, a Vanessa. Destacamos uma equipe para se dirigir ao local, que visualizou Vanessa realizando a venda de droga a um usuário. Neste momento, o Tazo chegou, foi abordado pela equipe de investigadores e Vanessa correu para tentar fugir pelos fundos, mas foi cercada por outra equipe da Polícia Civil", afirmou o delegado.

 


Oscar Sidney Santos de Mattos, conhecido como "Tazo", foi preso junto com sua esposa

 

Durante a busca realizada na residência e no veículo de Tazo, um Volkswagen Jetta, foram encontradas 44 porções de cocaína já embaladas para venda, R$ 2.100 de dinheiro fracionado, o que é indício de tráfico de drogas, além de um revólver calibre .38 com nove balas de munição e um simulacro de arma de fogo. Outro carro de luxo foi apreendido na residência, um Hyundai Azera. Segundo a Polícia Civil, os dois carros eram utilizados para transporte e venda de drogas em Paranaguá.

"Além disso foram encontrados dois rádios comunicadores que são utilizados normalmente por associações criminosas entre traficantes. Naquele contexto se encontraram indícios suficientes para saber que os dois estavam associados para realizar o tráfico de drogas", explica Diniz.

PONTO DE VENDA DE DROGAS

"Para o nosso espanto, durante a realização da abordagem e das buscas, localizamos dois usuários que estariam no local exatamente para adquirir substância entorpecente. Eles foram encaminhados à Delegacia e falaram que aquela não era a primeira vez que eles tinham ido ao local para comprar drogas, inclusive um deles falou que era a terceira vez dele, dizendo que nas duas primeiras ele havia sido atendido por Vanessa", destaca o delegado-adjunto. "Se encontraram indícios suficientes de que elas eram traficantes habituais, algo que não é de hoje, mas sim de muito tempo", acrescenta Diniz.

OSTENTAÇÃO E PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA

"Após a prisão em flagrante representamos para que seja decretada a prisão preventiva do casal. Já há indícios nos autos de que eles vão continuar delinquindo, pois conforme mencionado foram encontrados dois usuários no local, os quais disseram que não era a primeira vez que eles estavam adquirindo entorpecente com o casal. Isso mostra que é uma prática habitual do casal", afirma o delegado-adjunto. Segundo o delegado, nas redes sociais o casal faz questão de "ostentar", demonstrando viver uma vida de luxo, lucrando com o tráfico de drogas em Paranaguá.

"Isso demonstra que não há compatibilidade alguma para a manutenção da liberdade dessas pessoas, que demonstram que irão continuar delinquindo, inclusive no momento da realização da captura do Oscar ele estava com o crachá da Estiva, demonstrando que ele não tem nenhum respeito com o Estado e com os responsáveis pela segurança pública", afirma o delegado. "O usuário sabe de quem ele vai adquirir a droga, visto que ele está com o crachá sabendo que ele irá continuar impune. Se ele não toma nenhum cuidado para esconder sua identificação, ele tem a certeza de que não será preso. Isto demonstra que ele deve continuar preso", completa Diniz.

Segundo o delegado-adjunto da 1.ª SDP, a prisão do casal também serve para comprovar "para quem se aventura no cometimento de crimes que o Estado irá responder imediatamente. Ninguém que cometer crimes vai permanecer em liberdade, vai ser punido e vai ser responsabilizado", decreta. Segundo Diniz, Tazo demonstrava ser uma pessoa inteligente e calculista, que usava "suas aptidões para o mal". "A prova disso é que ele possui apenas uma autuação por tráfico de drogas em 1997. Ou seja, durante 20 anos, ele não possui nenhum histórico de autuação por causa de qualquer delito criminal e eu garanto para vocês que ele não é traficante de agora. É uma pessoa que desempenhou esta atividade ilícita sem deixar qualquer oportunidade para os órgãos responsáveis pela segurança pública para que fosse alvo de uma investigação", destacou.

"Quero também destacar a plena competência da equipe de investigadores da Polícia Civil em realizar a investigação minuciosa com a prisão do casal. O nosso foco é o tráfico e os homicídios relacionados a este crime, não deixamos passar estes indícios, que possibilitaram uma investigação de qualidade pela nossa equipe para que possam ocorrer estas prisão em flagrante", finaliza Diniz.

 

 

Fotos: Polícia Civil

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